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Três operários morrem soterrados no centro de Braga

Três operários da construção civil morreram na derrocada de um prédio em Braga. Os trabalhadores laboravam na reconstrução de um edifício no centro da cidade. Prosseguem os trabalhos de consolidação no edifício contíguo.
Os corpos dos trabalhadores da empresa de construção civil que procedia à recuperação de um edifício na Rua dos Chãos, no centro de Braga, foram recuperados ao longo da tarde.

O primeiro homem foi retirado às 15h30, cerca de hora e meia após o desabamento de uma parede do prédio adjacente ao edifício em obras. Nesta altura ainda se especulava serem quatro os trabalhadores que estariam debaixo dos escombros. Posteriormente, foi confirmado serem três os funcionários que ficaram soterrados.

O corpo do segundo homem foi recuperado às 19h20 e cerca de meia hora mais tarde foi retirado o terceiro operário, igualmente sem vida. Os restantes quatro trabalhadores escaparam sem ferimentos.

Duas moradoras de um prédio contíguo e as lojas das proximidades foram evacuadas durante a tarde por precaução, na eventualidade de uma nova derrocada.

Os bombeiros foram desmobilizados, mas ao início da noite de segunda-feira prosseguiam os trabalhos para consolidar o edifício contíguo. Está a ser colocada uma plataforma, que deverá sustentar a fachada.

Com o decorrer da tarde crescia o número de bombeiros no local do sinistro. Quando foi retirado o terceiro corpo estavam na Rua dos Chãos 64 bombeiros, com 20 veículos, mais duas equipas cinotécnicas da PSP.

Foram registados 72 acidentes de trabalho desde o início do ano, 37 dos quais no sector da construção civil.

Inquéritos abertos e obras suspensas

A Autoridade para as Condições do Trabalho tem em curso um inquérito para apurar responsabilidades no acidente. O organismo confirma que a causa imediata foi o desmoronamento de uma parede do prédio ao lado daquele em que se realizavam obras de recuperação.

Contudo, os motivos do desmoronamento estão por apurar.

O Ministério Público também já referiu a intenção de abrir uma investigação para apurar a existência de negligência ou violação das regras de construção.

Protecção Civil recusa tirar conclusões de imediato

“Ainda é prematuro tirar conclusões sobre as causas do acidente, na medida em que não se sabe se a derrocada foi culpa do empreiteiro ou do estado do prédio ao lado”, declarou o secretário de Estado da Protecção Civil.

“Os serviços fizeram todos os esforços para encontrar os operários, agora, só podemos expressar o nosso voto de pesar às famílias das vítimas neste momento difícil”, disse José Medeiros.
Autor: José Palha Publicado em: 08-09-2008 23:37:04 (8846 Leituras, Votos 535)
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