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Combustíveis: Bombeiros pedem socorro contra aumento e vão colocar faixas nas ambulâncias

Os bombeiros portugueses decidiram hoje no Conselho Nacional da Liga, que decorreu em Estremoz, Évora, manifestar-se nos próximos dias contra o aumento do preço dos combustíveis, colocando faixas autocolantes nas suas ambulâncias.
As propostas da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto, foram transformadas apenas numa, que mereceu aprovação por unanimidade, a qual indica que as faixas autocolantes vão incluir a frase "Bombeiros pedem socorro - contra o aumento dos combustíveis".

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, disse que "esta manifestação de desagrado justifica-se pelos sucessivos aumentos do preço dos combustíveis que se vêm registando no país desde o início do ano em curso".

"Estes aumentos estão a causar graves problemas à manutenção da operacionalidade dos veículos dos corpos de bombeiros afectos ao serviços de emergência e de transporte de doentes", realçou.

Segundo o responsável, para fazer face ao aumento do custo dos combustíveis, vai ser apresentada uma proposta ao Ministério da Saúde.

"Na proposta pretende-se actualizar para 60 cêntimos por quilómetro o valor de 40 cêntimos em vigor desde Janeiro de 2006, pago pelo Ministério da Saúde, que fica ainda aquém do custo real, que duplicou", adiantou o responsável.

Duarte Caldeira explicou que o Ministério da Saúde paga 40 cêntimos por quilómetro, mas a estimativa do custo real do serviço atinge os 80 cêntimos.

"Ficamos a meio caminho, ou seja, apresentamos uma proposta de 60 cêntimos, na convicção de que existem dificuldades, e não seria sério propor uma duplicação do preço do quilómetro", observou.

O presidente da LBE referiu ainda que a Liga pediu há quase três meses uma audiência à ministra da Saúde, "pedido que ainda não teve resposta", para lhe colocar estes problemas, "ainda num período em que os custos dos combustíveis não tinham disparado ao ritmo a que chegaram".

Segundo a proposta aprovada hoje, as negociações com a ministra da Saúde devem ser conduzidas de maneira "a fazer sentir à tutela" que se os bombeiros não tiverem resultados até à realização do seu Congresso a 14 de Junho, no Porto, "saberão, naquela reunião magna, encontrar as respostas de pressão que a situação exige".

De acordo com Duarte Caldeira, a manifestação de protesto que o Conselho Nacional aprovou hoje "não vai trazer qualquer tipo de prejuízo para os utentes", visto que "qualquer paralisação da frota, ou greve, iria sempre prejudicar aqueles que justificam a existência dos bombeiros".

Segundo o responsável, na outra proposta também aprovada por unanimidade, sobre as soluções para o transporte de doentes em ambulância, o Conselho Executivo da LBP ficou "mandatado para criar um modelo de organização central com aplicabilidade local".

"Esse modelo pode passar por uma solução de cooperativa, de empresa, ou associação de associações de bombeiros", explicou.

"Ficámos mandatados para escolher o modelo que mais se adequar e que melhor taxa de sucesso possa garantir, com aplicação à realidade de cada local e de cada associação", adiantou o responsável.

O Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, que decorreu no Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz, integrou-se no programa dos 75 anos dos Bombeiros Voluntários de Estremoz.

Autor: José Palha Publicado em: 03-06-2008 16:16:48 (12643 Leituras, Votos 705)
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