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SMS substitui sirene de bombeiros em Viana |
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A sirene dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo ainda vai tocando às vezes, num sinal de alerta que pouco mais serve do que lembrar à população quem a socorre. As novas tecnologias acabaram com o som estridente que, antigamente, levava dezenas de voluntários a concentrarem-se à porta do quartel em poucos minutos. Hoje já não é assim.
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"Durante o dia temos muita dificuldade para garantir pessoal, apesar de termos um bom quadro de voluntários. Por outro lado, é um bom sinal, porque só não vêm porque estão a trabalhar", disse ao DN Miguel Sá, presidente da Associação Humanitária dos voluntários vianenses.
A corporação assinalou em Maio 127 anos e acaba de romper com a "cerimónia" de tocar a sirene, sempre que é necessário "chamar" os voluntários. "Tornou-se mais prático implementar um chamamento através de mensagens de telemóvel para os bombeiros do que estar a tocar a sirene, que só usamos para que a população se lembre de nós", diz ainda Miguel Sá. Se à noite não faltam voluntários a cumprir serviço, o problema coloca-se no período diurno, em que dos 127 elementos do quadro de voluntariado, poucos conseguem aparecer depois de receberem um SMS (mensagem escrita), dizendo "precisa-se de pessoal", no telemóvel. É que para além das questões profissionais, a própria tarefa humanitária apresenta algumas limitações: "Não temos espaço para estacionar as viaturas, só se as deixarmos em cima do passeio para serem multadas. O quartel está no meio da cidade e assim não dá para contarem connosco", disse ao DN um dos voluntários da corporação.
Desde o início do ano que a corporação perdeu uma parte da área de estacionamento que detinha, nas traseiras do quartel, devido à construção de um parque subterrâneo no logradouro da Câmara Municipal, situação que previsivelmente se agravará com a conclusão da obra, dentro de meses. "É de facto um problema grave que enfrentamos", reconhece Miguel Sá. A solução, refere, passa pela saída das actuais instalações, numa das artérias mais movimentadas da cidade, para um terreno "prometido" à corporação, na envolvente do perímetro urbano. "Alguns milhares de metros quadrados de terreno já nos foram oferecidos, mas ainda é necessário alterar a tipologia do local. Depois ficará a faltar o dinheiro." | |
Autor: José Palha |
Publicado em: 03-06-2008 16:13:37 (52138 Leituras, Votos 1648) |
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