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Beja: VMER do Centro Hospitalar inoperacional

A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Beja continua a não responder aos pedidos de socorro. Ontem falhou a um acidente em Beringel e já não foi accionada para um acidente de trabalho na Gare Rodoviária da cidade.

A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) estacionada no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, continua a estar mais tempo inoperacional do que pronta para acudir a emergências.

Um acidente de viação com um ferido grave, que se encontrava encarcerado, levou os Bombeiros Voluntários de Beja a chamar a VMER, mas do CODU de Lisboa e Vale do Tejo, receberam a informação de que esta estava “inoperacional, durante todo o dia, por falta de pessoal”, tendo sido comunicado que seria enviada uma viatura, procedente de local mais próximo. Para o acidente que ocorreu a 12 quilómetros de Beja, seria enviada uma viatura de Évora, Setúbal ou Albufeira, o que levou a fossem os BVB a fazerem o transporte do ferido.

Cerca de hora e meia depois, ocorreu um acidente de trabalho na Gare Rodoviária de Beja, tendo o trabalhador acidentado sido transportado para o hospital pelos bombeiros, que não accionaram o pedido para que a VMER se desloca-se ao local “uma vez que não estava operacional”.

Odemira voltou este mês a ser palco de três casos que estão a dar que falar no concelho, mas, não haviam saído para a opinião pública.

Em 3 de Maio, o Centro de Saúde local, enviou para o Hospital de Beja, uma mulher grávida, com a justificação de que “faltava muito tempo para o parto”. Perto de Ourique como os bombeiros se aperceberam que o parto estava eminente, solicitaram a presença da VMER, pedido que foi recusado pelo CODU, por a viatura estar inoperacional. Recorrendo ao Centro de Saúde de Ourique, os voluntários de Odemira “foram despachados”, pelo enfermeiro presente, tendo recorrido aos seus colegas daquela localidade, tendo o parto sido feito no quartel ouriquense. Valeu a ajuda de um bombeiro de Ourique, que acidentalmente estava no quartel a tomar café e tem experiência em partos. Depois de dar à luz um rapaz com 3,360 kgs, a parturiente acabou por seguir para o Hospital de Beja acompanhado do bombeiro que assistiu ao parto.

Nessa mesma noite outra ambulância dos bombeiros de Odemira, transportaram um doente, acompanhado de um médico e um enfermeiro, não tendo a VMER sido accionada por falta de pessoal. O último caso aconteceu na noite de 2ª para 3ª feira, quando foi pedida a VMER para socorrer, em S.Teotónio, uma senhora, intoxicada com um produto químico, tendo o serviço “sido recusado pelo CODU e sido accionada uma ambulância dos bombeiros de Odemira”, disse fonte desta corporação. O estado da saúde da senhora era de tal forma grave que depois de assistida no Centro de Saúde da localidade, foi de imediato transferida para o Hospital de Beja.

Em qualquer deste casos, a viatura de Suporte Imediato de Vida (SIV) sediada em Odemira, tem ficado parado à porta do Centro de Saúde, ao que foi possível apurar também pela falta de meios.

Recorde-se que na sequência do incêndio que deflagrou numa habitação em Beja, no passado dia 8 de Abril, e que fez duas vítimas mortais, a VMER em serviço no Hospital de Beja, não foi accionada por estar operacional, registando a falta de médicos.

Na altura, Rui Sousa Santos, presidente do Concelho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, confirmou que “não havia médico disponível para a tripulação da VMER”, assegurando que tudo iria fazer para que “situações daquelas, não se voltassem a repetir”.

Contactado o Gabinete de Relações Públicas do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, a fim de obtermos um esclarecimento sobre estes casos, por parte de Rui Sousa Santos, presidente do Conselho de Administração, foi-nos transmitido que “não presta esclarecimentos sobre estes casos”.

Foi no entanto assegurado que a partir de ontem (4ª feira) e até ao final do mês de Maio a operacionalidade da VMER está assegurada, uma vez que nesta quarta-feira foi “contratado um segundo operacional médico”.

É desejo do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, que “a partir do próximo mês de Junho, as situações de inoperacionalidade não se voltem a verificar”.

Autor: José Palha Publicado em: 21-05-2008 23:38:11 (15313 Leituras, Votos 635)
Fonte: Voz da Planicie
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