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Fogos florestais: Melhor coordenação de agentes no terreno, este ano - Secretário de Estado |
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O combate aos fogos florestais conta este ano com uma melhor coordenação entre os agentes no terreno, destacou hoje, à Agência Lusa, o secretário de Estado da Protecção Civil, José Medeiros.
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O governante falava à Lusa, questionado sobre as diferenças de 2007 para este ano relativamente à Fase Bravo de combate a fogos florestais, que começa quarta-feira com mais 6.600 homens e até 30 meios aéreos.
"Para além do reforço de meios humanos e materiais, para mim, o mais importante é uma nova atitude que os portugueses passaram a ter perante o fenómeno dos fogos florestais", sublinhou.
"O lema que temos divulgado, de que Portugal sem fogos depende de todos, tem sido mais interiorizado", destacou José Medeiros, numa alusão a contactos realizados de Norte a Sul do País.
"Por outro lado, os agentes no terreno cooperam cada vez mais. Acabaram as divergências no terreno. Já há dois anos, isso se começou a ver e a cooperação é excelente. Isso é uma grande diferença", garante.
De acordo com a directiva operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil, a Fase Bravo conta com 1.601 equipas que vão mobilizar mais de 6.600 efectivos, 1.600 veículos e um máximo de 30 meios aéreos.
A estes meios há que associar dois helicópteros bombardeiros ligeiros da AFOCELCA e brigadas de outros agentes presentes no terreno.
A Fase Charlie, de 1 de Julho a 30 de Setembro, eleva os números para cerca de 2.400 equipas formadas por 9.600 efectivos, um conjunto de 2.300 veículos e 56 meios aéreos.
Das 56 aeronaves, nove são meios próprios do Estado, sendo seis helicópteros pesados e três ligeiros, segundo o Ministério da Administração Interna (MAI).
Haverá ainda três helicópteros bombardeiros ligeiros da AFOCELCA.
Segundo o Governo, o dispositivo corresponde ao maior número de meios de sempre disponibilizado para o combate a fogos florestais.
"Estou muito confiante, porque acredito na eficiência do dispositivo e sabemos que está interiorizada uma nova ideia de organização", com maior cooperação entre agentes, reforçou José Medeiros.
"Desde 2005, criou-se esta estrutura da protecção civil que faz toda a diferença. Antes havia diversos agentes, cada um por sua conta e risco. Essa descoordenação acabou", garante.
José Medeiros falava hoje em Proença-a-Nova, à margem da cerimónia de assinatura de um protocolo de cedência de instalações para a base permanente de apoio ao grupo da Força Especial de Bombeiros "Canarinhos" do Distrito de Castelo Branco, composto por 40 bombeiros especializados.
A base fica instalada no aeródromo das Moitas, junto ao Centro de Ciência Viva da Floresta e é cedida sem encargos pela Câmara local à Autoridade Nacional de Protecção Civil.
A nível nacional, a Força Especial de Bombeiros "Canarinhos" é composta por um conjunto de 210 efectivos, distribuídos por sete distritos considerados de elevado risco: Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Évora, Beja e Setúbal.
Tratam-se de equipas helitransportadas vocacionadas para o ataque nos primeiros 20 minutos de detecção de um incêndio florestal.
Nos outros 11 distritos, operam Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR, unidade preparada para acções de prevenção e de intervenção de primeira linha com um total de 720 elementos.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 13-05-2008 22:01:58 (13316 Leituras, Votos 780) | Fonte: Lusa/fim |
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