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População de Favaios apoia os bombeiros da vila |
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O bombeiro voluntário de Favaios que na madrugada de anteontematendeu a chamada do INEM para socorrer uma vítima em Castedo, Alijó, conduz ambulâncias há quase 30 anos e trata-se de "uma excelente pessoa, sempre disponível para ajudar. Foi apanhado desprevenido, e sobretudo baralhado pela conversa da operadora do INEM, que não foi nada correcta", disse ao JN, o sócio António Cardoso.
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São poucos os que dão uma opinião negativa sobre o modo como "o senhor Machado" atendeu a chamada. Maria Teresa Souto é uma das excepções "Eu acho que foi uma vergonha. Os bombeiros têm de estar disponíveis a qualquer hora. Agora que nem sequer temos urgência em Alijó, como faz quem não tem transporte?. Eu tenho uma criança doente e fiquei muito preocupada com esta situação", disse.
Mais fácil é, de facto, encontrar quem apoie a corporação, que tem 60 elementos e foi fundada em 1915. Valdemar Teixeira considera que "no INEM é que é só conversa e pouca acção. Se querem disponibilidade dos bombeiros 24 horas por dia, que lhes paguem para isso. Já muito fazem eles", considera.
Adelino Lima acrescenta "são pessoas dedicadas. O problema é o hospital de Vila Real ser muito longe. Quem tiver de morrer, morre".
O segundo-comandante dos bombeiros de Favaios, Luís Narciso, também declina culpas "Estamos a ser os bodes expiatórios, quando nem sequer temos protocolo com o INEM, que está simplesmente a sacudir a água do capote", considera.
António Cardoso explica o que, diz, vai na alma de "muitas pessoas "Eu já ouvi três vezes a gravação. No INEM é que até parecia que estavam a gozar. Riem-se e usam expressões como "o gajo" e "estou lixada"".
O comandante dos bombeiros de Alijó, corporação que acabou por acorrer ao local, considera que "face ao encerramento das urgências vive-se uma nova realidade, para a qual consideramos não haver planeamento, estratégia e concertação". António Fontinha recorda que "apesar da falta de acordo com o INEM, esta associação nunca deixou de prestar auxílio a quem precisa".
Também a Ordem dos Médicos (OM) considera que a"a demora no socorro demonstra a falta de profissionalismo, organização e coordenação de todo o sistema de emergência. A OM critica "a falta de integração e coordenação entre INEM e Protecção Civil". |
Autor: José Palha |
Publicado em: 26-01-2008 13:04:56 (2020 Leituras, Votos 391) |
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