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Menina morreu atingida por brasão de pedra |
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Uma menina de quatro anos morreu, ontem à tarde, depois de ter sido atingida por um brasão de pedra que lhe esmagou parcialmente o crânio, quando brincava no quintal de sua casa, na Rua Cidade de Coimbra, na Parede, Cascais. O alerta foi dado pelas 16.25 horas para o CODU, que accionou os bombeiros da Parede e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Cascais.
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O comandante dos bombeiros, Pedro Araújo, acusa o INEM de ter demorado "muito tempo" a chegar e diz que "esta é a prova de que o sistema não está dimensionado para as necessidades". Pedro Araújo explica que, quando a ambulância dos bombeiros chegou a casa da menina, deu início às manobras de estabilização e reanimação. Depois de cerca de 20 minutos à espera e face à demora na chegada do apoio médico, decidiram retirar a criança do local e ir ao encontro da VMER. "Era insuportável conter a ira dos familiares face à demora da ambulância em ir para o hospital", contou o comandante, explicando que só, quando os tripulantes avisaram o CODU que iam deixar o local, se aperceberam que a VMER ainda estava a sair de Lisboa. Tinha ido ao hospital de São José acompanhar o transporte de uma vítima de AVC, souberam mais tarde.
A ambulância e a VMER encontraram-se na rotunda de acesso à auto-estrada de Cascais (A5), em São Domingos de Rana. O médico procedeu a manobras de suporte avançado de vida, mas "era tarde demais", disse o comandante, explicando que o óbito foi declarado no local.
Revoltado com o sucedido, Pedro Araújo questiona a "eficácia" e "toda a estrutura do sistema de emergência médica", contestando que não tenha havido "uma reposta em tempo útil a esta situação". Em seu entender, a existência de uma única VMER para a área que vai de Carcavelos à Malveira, abrangendo dois concelhos (Cascais e Mafra), é "insuficiente".
Confrontado com estas acusações, o porta-voz do INEM garante que foram accionados os meios mais adequados. A VMER de São Francisco Xavier - a que estaria mais próxima a seguir à de Cascais - tinha ido a Sintra acorrer a um doente crítico e as restantes existentes na zona (Santa Maria, Curry Cabral e INEM Lisboa) "estavam mais longe que a de Cascais". |
Autor: José Palha |
Publicado em: 13-01-2008 15:50:14 (1625 Leituras, Votos 347) |
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