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Hospital do Montijo diz que preocupação dos bombeiros ultrapassa os doentes |
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O Hospital do Montijo garantiu hoje à Lusa que os bombeiros não estão impedidos de entrar no hospital e explicou que a preocupação destes é a assinatura para poderem ir embora e não os doentes |
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«Os bombeiros entravam como queriam e isso acabou. O doente entra no hospital é feita a triagem e os bombeiros estão é proibidos de permanecer nas instalações e de andar com a ficha do doente para assinarmos, não de entrarem no hospital», disse Maria José, directora do serviço de urgências.
A médica confessou que este processo pode originar mais alguma demora, mas refere que muitos dos doentes que chegam ao hospital de ambulância não se tratam de urgências que justifiquem que passem à frente de outras pessoas.
«Pode implicar um bocado mais de demora, mas antigamente nem se sabia quem era o doente, queriam era a assinatura para se irem embora. Muitas vezes iam com a ficha atrás de nós até à casa de banho ou copa», referiu.
Maria José afirma que é normal existirem alguns problemas quando se altera uma medida antiga e que não podia continuar, lembrando que os bombeiros não querem fazer serviços para Almada.
«Eles reconhecem que não querem fazer transporte de doentes de neurocirurgia para o hospital Garcia de Horta pois lá ficam retidos quatro ou cinco horas», afirmou.
Em relação à recusa em entregar o livro de reclamações às corporações que pretendiam reclamar, a directora do serviço de urgência explicou que apenas não sabia se os bombeiros podiam reclamar no «livro amarelo» ou de outra maneira.
«O livro amarelo é para os utentes e ligámos para o observatório para saber se os bombeiros podiam reclamar no livro e a matéria não é consensual. Os bombeiros não são utentes, mas nunca disse que não podiam reclamar, depois como vimos que matéria não era consensual o livro foi facultado», afirmou.
A transferência dos doentes por parte dos bombeiros do Montijo, Alcochete e Canha para os responsáveis do hospital do Montijo causo problemas, devido a normas que obrigam os bombeiros a esperar.
Durante o dia de hoje, as três corporações exigiram até o livro de reclamações do hospital, o que segundo os bombeiros não foi facultado: «Foi solicitado o livro que não nos foi facultado. Entramos em contacto com a ASAE que informou que eram obrigados a dar o livro e que em caso de recusa devíamos chamar as autoridades e foi o que fizemos», disse fonte dos bombeiros voluntários de Canha.
Paulo Vieira, dos bombeiros de Alcochete, confirma a informação e garante que as autoridades foram chamadas ao local.
«Nenhuma entidade pode recusar o livro de reclamações. Os bombeiros exigiram o livro e como não nos foi solicitado chamamos as autoridades, conforme nos informou a ASAE», referiu.
Em causa está o facto de os bombeiros só abandonarem o hospital depois de passarem o doente a uma médico ou enfermeiro, mas as demoras e o facto de o hospital obrigar os bombeiros a ficarem na sala de espera está a causar indignação.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 19-12-2007 23:35:25 (1276 Leituras, Votos 261) | Fonte: Lusa / SOL |
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