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Relatório responsabiliza INEM e bombeiros por mortes |
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A morte de duas pessoas em Torres Novas, em Maio, após paragens cardio-respiratórias, deveu-se a um "acumular de erros" de avaliação da emergência médica (INEM) e dos bombeiros locais, conclui um relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde. No resumo do relatório a que a agência Lusa teve acesso, o IGAS aponta um "acumular de erros" na assistência de emergência, indicando que os serviços de atendimento do INEM fizeram uma deficiente avaliação da gravidade do caso, confundiram a localização das vítimas e aconselharam um meio inadequado. Por outro lado, também os Bombeiros Voluntários de Torres Novas não estão isentos de responsabilidade.
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De acordo com o documento, apesar do "esforço louvável", os bombeiros não contactaram imediatamente - como deveriam - o Centro de Orientação de Doentes Urgentes de Lisboa e Vale do Tejo (CODU LVT) a dar a informação de que as duas vítimas estavam em paragem cardio-respiratória. Segundo a IGAS (antiga Inspecção-Geral da Saúde), no primeiro contacto, a operadora do INEM "não conseguiu gerir a comunicação" com a pessoa que faz o telefonema. "A operadora do INEM cometeu também um erro de localização (atribuindo a ocorrência a Lamarosa, Coruche, e não a Lamarosa, Torres Novas), o que veio a condicionar toda a actuação posterior dos restantes operadores".
Nas recomendações, a IGAS sublinha a necessidade de um maior investimento nas triagens do CODU e de novas triagens/avaliações. Quanto ao sistema informático utilizado para a localização das chamadas, diz que "o mesmo se revela manifestamente deficitário". Já o comandante dos Bombeiros Voluntários de Torres Novas, Arnaldo Santos, considerou "incorrecto" que o documento procure partilhar responsabilidades com os bombeiros. Na sequência do relatório, o INEM suspendeu a operadora e abriu dois processos de averiguações. |
Autor: José Palha |
Publicado em: 22-08-2007 17:30:02 (1415 Leituras, Votos 303) |
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