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Faro: Populares revoltados com atraso INEM demorou uma hora para socorrer doente

Um homem cardíaco e diabético esperou, ontem, estendido na berma da estrada, nas Pontes de Marchil, entrada poente de Faro, cerca de uma hora, pela chegada de uma ambulância para o transportar para o Hospital Distrital de Faro (HDF).
Só após várias insistências de populares que se juntaram no local, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) fez deslocar uma ambulância.

Carlos Augusto Matos Lemos, de 45 anos, teve uma crise de diabetes, saiu de casa à procura de ajuda, mas uma ferida por cicatrizar numa perna e o seu estado débil, com muita febre, só permitiram que andasse meia dúzia de metros, caindo na berma da estrada, a espumar da boca e com dificuldade em respirar.

Ainda conseguiu ligar para o 112, com voz ténue, mas foi aconselhado pela triagem a recorrer aos serviços da família ou a chamar uma ambulância dos bombeiros.

Elsa Lemos, cunhada da vítima, ficou revoltada com esta falta de resposta ao pedido de socorro formulado pela vítima.

“Fomos alertados por um vizinho para o facto de o meu cunhado estar deitado na estrada e fomos logo socorrê-lo”, explicou ao CM, garantindo que, de pronto, ligou para o 112.

“Ainda não era meio-dia e, do outro lado, depois de explicar, pormenorizadamente, o estado do meu familiar, foi-me dito que aquilo era caso de polícia, pelo que devíamos chamar a PSP ou a GNR”, diz Elsa Lemos, que ficou sem saber o que fazer para solucionar o problema do cunhado,

Foi a casa buscar um chapéu-de-sol, para atenuar o forte calor, abrigando o familiar, enquanto esperava, angustiada, por socorro.

Os muito populares que se juntaram no local, revoltados com a falta de assistência médica, continuaram a telefonar para o 112, sem qualquer êxito.

Só às 13h00 uma ambulância chegou ao local e transportou Carlos Lemos para o HDF, onde ficou internado na unidade coronária.

Um tripulante da ambulância, perante as críticas dos populares, explicou que “só há duas ambulâncias para Faro, pelo que não podemos fazer milagres”.

INEM DIZ NÃO SER SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

O porta-voz do INEM, Pedro Coelho dos Santos, disse ao CM que “a primeira chamada foi feita às 12h05m, com o contactante a informar ter uma ferida no pé e estar com febre e, pela triagem efectuada, a equipa médica entendeu não se tratar de uma situação com critérios de emergência que indicasse o accionamento de socorro, tendo sido aconselhada observação médica”. Segundo o INEM, a vítima carecia de transporte para uma unidade hospitalar (onde já tinha estado no dia anterior) para observação, “podendo ser efectuado por outros meios”. O INEM explica que “decorreram entretanto várias chamadas, numa das quais familiares da vítima informavam estar a caminho do local para transportar o doente ao hospital, nunca tendo sido referido haver antecedentes cardíacos do doente”.
Autor: José Palha Publicado em: 22-08-2007 17:09:00 (1727 Leituras, Votos 325)
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