Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

Asfixia e morte súbita matam bombeiros

Quando combatem incêndios florestais, os bombeiros portugueses usam protecção térmica mas não respiratória
Seja por falta de equipamento adequado ou porque «estão mais preocupados com os outros do que consigo mesmos», continuam a expor-se e a pôr em risco a sua saúde, afirma a pneumologista Cecília Longo.

Foi para combater esta situação, «para cuidar de quem cuida de nós», que a médica decidiu criar a Associação Chama Saúde. Investigação, formação e prestação de cuidados de saúde são os objectivos da recém-criada associação.
Para já, 300 bombeiros dos corpos de primeira intervenção de Sintra, Setúbal e Castelo Branco submeteram-se a uma avaliação que incluiu um questionário e um completo teste físico. A ideia é repetir os exames no final da época de incêndios.

A asfixia e a morte súbita (ligada à doença coronária silenciosa) são as principais causas de morte entre os bombeiros. Mas além dos efeitos a longo prazo, «a exposição ao fogo provoca quebra aguda da função respiratória e a sua recuperação torna-se cada vez mais lenta, dando origem a bronquites e asmas», explica a médica. A situação em Portugal é preocupante porque, além da falta de equipamento, os bombeiros têm más condições de trabalho: «Nos Estados Unidos um bombeiro fica cinco horas num fogo até ser rendido. Em Portugal pode ficar dez horas».

Cecília Longo espera que o trabalho da associação contribua para despertar a atenção do poder político para a situação dos bombeiros.
Autor: José Palha Publicado em: 14-07-2007 15:10:54 (1230 Leituras, Votos 249)
Fonte: Diário de Notícias, 06-07-07
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