Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

30 bombeiros com contrato suspenso

A direcção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Algés (BVA) desmentiu, em comunicado, que esteja, actualmente, a ser alvo de qualquer processo judicial.
No entanto, Abílio Fatela, presidente da direcção da BVA, confirmou que, devido a atrasos nos ordenados, suspendeu o contrato de 30 profissionais, agora abrangidos pelo subsídio de desemprego.

O comandante da corporação, João Fernandes, negou que este despedimento venha a comprometer o socorro à população de Algés. No entanto, opinião diferente é a do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, já que para este responsável, “as exigências do socorro à população não se compadecem, nos dias de hoje, com as situações de disponibilidade dos voluntários. Por isso os corpos de bombeiros têm os contratados”, disse ao CM.

Abílio Fatela afirma, que a associação esteve apenas envolvida num processo, movido pela construtora no início dos anos 90, mas “levantado em Fevereiro de 2007”.

Sobre as alegadas dívidas à Segurança Social e à Direcção-Geral de Impostos e Finanças, é afirmado no comunicado que as quantias “estão enquadradas em planos de pagamentos em prestações, de acordo com a legislação em vigor” e que, desde Janeiro a associação “cumpre, honrosa e pontualmente, as suas obrigações fiscais”.

O montante total das dívidas dos BVA ascende a 1,5 milhões de euros e o corpo de bombeiros recebe um subsídio mensal de cerca de 7500 euros da Câmara Municipal de Oeiras, que vai quase todo para o pagamento das despesas correntes, como comunicações, materiais para as viaturas, electricidade e gasóleo.

De acordo com Duarte Caldeira, os BVA chegaram a uma situação quase insustentável, depois de se arrastar há mais de cinco anos, sem que tenham sido encontradas soluções.

“Mais importante do que constatar o problema da instituição, é encontrar soluções para ele e é necessária uma conjugação de esforços, nomeadamente externos – já que é muito difícil que os Voluntários de Algés consigam sair desta situação por si mesmos –, no sentido de uma solução que normalize a vida da associação ou esta corre o risco de chegar a um beco sem saída”, acrescentou Duarte Caldeira.
Autor: José Palha Publicado em: 07-05-2007 14:35:00 (1692 Leituras, Votos 318)
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