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Bombeiros temem aumento de custos com transporte de doentes |
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A Liga dos Bombeiros Portugueses teme que a reorganização do serviço de urgências proposto pelo relatório final da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências, que prevê o encerramento de várias unidades no distrito de Aveiro, agrave o custo com o transporte de doentes.
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Em declarações a O AVEIRO, Rui Rama da Silva, secretário do Conselho Executivo da Liga, realça que a extinção de alguns serviços, particularmente na região de Aveiro, poderá fazer com que os bombeiros “demorem mais tempo” nas deslocações e estejam “menos disponíveis” para atender às várias solicitações, o que obrigará as associações a “aumentar o número de assalariados disponíveis para prestação de socorro e transporte”.
A Liga dos Bombeiros Portugueses elaborou um inquérito nacional em 2005 junto das associações e corpos de bombeiros no sentido de conhecer a realidade dos serviços de ambulância prestados às populações.
O relatório final do inquérito, a que O AVEIRO teve acesso, revela que do total de 26 associações existentes no distrito de Aveiro à data da consulta, 15 responderam à demanda, tendo sido percorridos mais de 19 milhões de quilómetros ao nível do transporte de doentes.
Receitas não cobriram despesas
Pelo que foi possível apurar, os custos com este serviço cifraram-se em três milhões e 87 mil euros em Aveiro, tendo a maior parte do dinheiro (1.825.337 euros) servido para remunerar pessoal afecto e o restante financiado sectores como a manutenção/reparação de ambulâncias, a aquisição de ambulâncias, aquisição de combustível para as ambulâncias e ainda de consumíveis para as ambulâncias.
O saldo final do distrito acabou por ser negativo, uma vez que as receitas relativas a este serviço quedaram-se pelos 2.847.735 euros, estando por receber (da Administração Regional de Saúde, hospitais, companhias de seguros, utentes/ sócios e do INEM) 730.860 euros na altura.
Segundo Rui Rama da Silva, além de prestar os serviços às populações, os bombeiros “ainda estão a financiar o próprio Estado” e estão sujeitos a um “enorme esforço”. A esperança na modificação do protocolo com a tutela passa, entre outros aspectos, pela “actualização dos valores reais pagos por quilómetro”, nomeadamente por uma tabela entre “50 e 52 cêntimos”.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 20-04-2007 17:54:01 (1413 Leituras, Votos 317) |
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