Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

BOMBEIROS USADOS “COMO MÃO-DE-OBRA BARATA”

Duarte Caldeira, na reunião do conselho nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, que decorreu no sábado em Mogadouro, mostrou-se preocupado com a reestruturação da Rede Nacional de Urgências e com o anunciado encerramento de dezenas de Serviços de Atendimento Permanente (SAP) nos centros de saúde do país.
Entende que para além dos problemas que acarreta para as populações, isso pode significar um esforço acrescido para as corporações de bombeiros e critica a falta de diálogo entre a Liga e o Ministério da Saúde nesta reestruturação. Diz que é negativo existirem actualmente tantas dúvidas e incertezas sobre as notícias do eventual encerramento dos SAP´s.
O dirigente assegura que, para poderem responderem ao previsível aumento no número de doentes transportados, os bombeiros exigem “recursos financeiros”. Duarte Caldeira denunciou que na área da prestação de serviços para a saúde tem um protocolo com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), para situações de emergência pré-hospitalar, que ainda não foi firmado por falta de consenso no preçário.
Adianta ainda que o serviço de transporte de doentes com o INEM já não é revisto há 25 anos e o preçário há três.

75. º Aniversário dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro

Esta situação coloca a sobrevivência financeira dos bombeiros em perigo, situação que se pode agravar ainda mais se as solicitações aumentarem sem o correspondente aumento dos recursos.
A Liga anuncia que as cooperações vão precisar de um reforço de pessoal e de meios técnicos para poder dar uma resposta ao aumento de solicitações. Neste sentido, A Liga dos Bombeiros Portugueses acusou, em Mogadouro, o Ministério da Saúde de abusar da disponibilidade dos serviços prestados pelas associações humanitárias.
Em declarações ao jornal Público, Duarte Caldeira diz que aquele ministério usa os bombeiros “como mão-de-obra barata, que nunca faz greve”.
Em dia de festa, o presidente BV de Mogadouro, Abel Barranco, lembrou algumas necessidades da corporação, onde trabalham 150 homens e mulheres, responsáveis pela cobertura de uma área superior a 750 quilómetros quadrados e servindo 11 500 pessoas.
Entre algumas reivindicações, o responsável disse que uma das prioridades para o quartel é a necessidade de criar condições para o aquartelamento de bombeiros do sexo feminino, visto que o número de elementos femininos tem subido substancialmente nos últimos tempos.

Autor: José Palha Publicado em: 05-04-2007 15:09:18 (1448 Leituras, Votos 300)
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