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Figueira da Foz,Protecção Civil preocupada com a serra |
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O delegado da protecção Civil Municipal, Fernando Castro, defende um corta-fogo nas matas de Quiaios para evitar incêndios na Serra da Boa Viagem.
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O fogo não se faz anunciar através do calendário. No entanto, a chamada época de incêndios florestais já foi instituída. E a próxima está quase a bater à porta. Depois dos incêndios de 1993 e 2005, a Serra da Boa Viagem continua a merecer particular atenção, por parte dos bombeiros, Protecção Civil e entidades locais. Não só pela sua capacidade de combustão, mas também pela importância turística e ambiental. Para Fernando Castro, responsável operacional da Protecção Civil municipal, a Serra da Boa Viagem continua a ser considerada uma zona de risco. Que tem o potencial ponto de ignição nas matas nacionais de Quiaios. “Faz falta completar o corta-fogo entre as dunas e a EN 109. Caso contrário, em caso de incêndio, não se consegue suster o fogo, que poderá atingir a Serra da Boa Viagem”, avisa aquele responsável. No mapa das manchas verdes do concelho, Fernando Castro identificou para o DIÁRIO AS BEIRAS outras zonas críticas. A área compreendida entre Caceira e Vila Verde é uma delas. Já ardeu em 2005, mas não está livre de voltar a ser devorada pelas chamas. “É uma zona de alto risco”, qualifica Fernando Castro.
Falta de prevenção Entre Alqueidão e Paião também existe uma mancha florestal que inspira cuidados redobrados. A falta de limpeza das matas continua a ser o principal factor de perigo de incêndio. “Já melhorou bastante, sobretudo depois dos fogos de 2005, mas ainda há muita coisa que me preocupa”, frisa Fernando Castro. A Protecção Civil tem vindo a limpar matas em zonas próximas de aglomerados populacionais. E alguns proprietários têm feito o mesmo. No entanto, apesar de uma maior atenção demonstrada a partir dos fogos de 2005, ainda há quem não faça prevenção através da limpeza. Convém, porém, lembrar que as matas não ardem apenas no Verão.
Chamas antecipam época
“Infelizmente, não me costumo enganar”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS Fernando Castro, durante o rescaldo do incêndio que ontem consumiu cerca de 500 metros quadrados em Vale de Murta, Vila Verde. Esta é precisamente uma das zonas apontadas pelo delegado da protecção Civil Municipal como “crítica”. O fogo terá começado por volta das 17H30, a partir de uma queimada mal apagada, num terreno junto à mata. A pronta intervenção das duas corporações de bombeiros evitou o pior. No local estiveram Duas viaturas e oito elementos dos Bombeiros Municipais, e quatro viaturas e 13 elementos dos Bombeiros Voluntários.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 27-03-2007 11:08:33 (1887 Leituras, Votos 307) |
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