Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

Sócios dos Bombeiros de Castanheira do Ribatejo acumulam dívidas

As dívidas aos Bombeiros Voluntários de Castanheira do Ribatejo ascendem a cerca de 40 mil euros e os sócios são quem mais deve. Quem não regularizar as quotas arrisca-se a ser expulso em assembleia-geral.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castanheira do Ribatejo está a atravessar momentos de grandes dificuldades económicas. Os maiores devedores são mesmo os sócios, cuja dívida de quotização referente ao período de 2004, 2005 e 2006, é de 23, 493 euros. Na próxima assembleia-geral, a direcção irá propor a expulsão dos sócios com quotas em atraso há mais de três meses.

Mas não são apenas os associados que estão em falta. A associação tem também a receber da Segurança Social, desde Junho de 2006, o montante de 12.232 euros e do serviço de ambulâncias prestado a sócios e particulares regista uma dívida de 3.100 euros.

“O subsídio mensal da câmara de Vila Franca de Xira no valor de 8.735 euros, mais as receitas várias com o transporte de doentes, a quotização e os eventos promovidos pela Associação, não chegam para os custos que rondam todos os meses os 22.500 euros”, explicou o presidente da corporação, Carlos Correia.

As dificuldades financeiras atingem tal magnitude que a direcção, em articulação com o comando da associação, decidiram implementar algumas medidas para prevenir que o montante das receitas por cobrar não se avolume com o passar dos meses.

“Com entrada em vigor a partir do início do corrente ano, os utentes que necessitem de ser transportados em ambulância terão que pagar o serviço no fim dos mesmos, com excepção dos do INEM e dos que têm requisição da Segurança Social, devidamente preenchida, carimbada e assinada”, referiu o presidente.

“A outra medida diz respeito aos sócios que, no acto do serviço prestado, não façam prova de que têm as quotas devidamente regularizadas, em 90 dias antes da data do serviço, terão de pagar pela tabela de não sócio”, acrescentou Carlos Correia.

No entanto, caso tenham as quotas em dia, o presidente assegura que a diferença do montante é restituída assim que o utente faça prova e se desloque à secretaria da Associação. “Uma coisa garanto, estas novas medidas não implicam em momento algum a duplicação de tarifas”, finalizou. Carlos Correia registou, no entanto, a boa-vontade de algumas empresas e pessoas da localidade que contribuem para atenuar as dificuldades financeiras da corporação que dirige.

Outra das grandes prioridades da Associação está dirigida para a construção de um novo quartel. A pretensão foi reforçada aquando do discurso de ocasião proferido pelo presidente dos Bombeiros Voluntários de Castanheira do Ribatejo, em Maio do ano passado, durante da celebração do Dia Municipal do Bombeiro e que contou com a presença do secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões.

“O problema das infra-estruturas poderia ser facilmente ultrapassado porque a Associação é detentora de um terreno próximo às actuais instalações, com cerca de 3200 metros quadrados, que foi cedido pela Câmara de Vila Franca de Xira como direito de superfície. Temos também o projecto para a construção do novo quartel, que nos foi oferecido pelo arquitecto Miguel Arruda”, reforçou Carlos Correia a O MIRANTE. “Tanto o actual quartel, como o terreno, são propriedades da associação. A venda de ambos facilitaria a realização das necessárias verbas para financiar a construção de parte da nova infra-estrutura”, disse a propósito.

Actualmente, reside o impasse porque o Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações, que está na dependência do Ministério da Administração Interna, ao fim de duas reuniões de trabalho, deu a conhecer à associação que o processo de candidatura se encontrava suspenso.

As actuais instalações são insuficientes para acondicionarem o parque automóvel na sua totalidade e não oferecem grandes condições utilitárias destinadas aos bombeiros da corporação. Isso obriga a que as viaturas fiquem na rua sujeitas às intempéries e ao vandalismo que ocorre ocasionalmente. “No Verão, os doentes entram nas ambulâncias e têm que suportar no seu interior um ar invariavelmente muito quente. Isto para não falar do éter e de outros produtos que se evaporam e que se deteriorizam, porque as ambulâncias estão completamente expostas ao calor”, atestou Jorge Simões.

“A insuficiência das instalações revela-se também ao nível da instrução, componente muito importante em qualquer corpo de bombeiros, porque a qualidade do socorro prestado depende do grau de instrução de cada bombeiro”, acrescentou ainda o comandante.

Ao longo de 2006, a Associação esteve envolvida em 10.479 ocorrências, o que obrigou à intervenção de 14.532 bombeiros e de 10.642 viaturas. São ocorrências que encerram, entre outras, as urgências pré hospitalares, os incêndios e o transporte de doentes para tratamentos.


Corpo de Bombeiros

precisa de mais

20 voluntários

“Os bombeiros que temos actualmente, asseguram a normal prestação de serviços de socorro à população da freguesia. No entanto, existe uma sobrecarga ao nível de serviços de escala nos bombeiros da corporação e isso só se consegue reduzir se houver um reforço do efectivo em, pelo menos, 20 novos soldados da paz. É uma tarefa difícil porque Portugal vive actualmente uma crise de voluntariado, que afecta muitas instituições sem fins lucrativos, nomeadamente, as corporações de bombeiros”, analisou Jorge Simões.

A solução encontrada passa por cativar os jovens em idade escolar. Nesse sentido, a associação tem a decorrer aos sábados de manhã, na Escola EB 2-3 D. António de Ataíde, em Castanheira do Ribatejo, acções de formação e sensibilização dirigidas aos alunos dos segundo e terceiro ciclos, tendo em vista que, a médio/longo prazo, alguns deles mostrem interesse e efectivem a sua adesão ao corpo de bombeiros. “É um projecto que está a dar os primeiros passos, mas que pretendemos aprofundar e desenvolver ainda mais”, afiançou.

“O protocolo assinado com o Governo Civil de Lisboa, visa também aprofundar este tipo de iniciativas e estendê-las a outras instituições da freguesia”, finalizou o presidente Carlos Correia.

Autor: José Palha Publicado em: 01-02-2007 15:36:13 (2628 Leituras, Votos 437)
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