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Ministro reforça meios no Alentejo

O ministro da Saúde fez ontem uma visita-surpresa ao Alentejo, onde reuniu com autarcas, bombeiros e responsáveis de serviços de saúde, tendo anunciado o reforço dos cuidados de saúde, com a criação de uma Rede de Serviços de Urgências que inclui a entrada em funcionamento de quatro Serviços de Urgência Básica (SUB), duas Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) e quatro Unidades Rápidas de Suporte Intermédio de Vida (URSIV).
Estas medidas foram anunciadas em Évora, após uma visita aos Centros de Saúde de Odemira e Castro Verde e, segundo Correia de Campos,"vão estar no terreno a partir do próximo mês de Março", concluiu.

As duas viaturas VMER serão colocadas em Évora e Portalegre, as quatro URSIV ficarão em Odemira e Moura, Estremoz e Elvas, com elementos paramédicos e sob a alçada do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Por seu turno, os SUB, que vão substituir os Serviços de Atendimento Permanente (SAP), passarão a funcionar em Odemira, Castro, Verde, Serpa e Moura, contando com 2 médicos, 2 enfermeiros, técnicos de diagnóstico e com um auxiliar de acção médica e um administrativo por equipa. O ministro da Saúde referiu que "estas equipas irão trabalhar fisicamente nos locais, 24 horas por dia", acrescentando ainda que vão dispor de material para assegurar a assistência médica por via área", concluiu.

Correia de Campos sustentou que "foi dada prioridade à assistência de emergência no Baixo Alentejo por se reconhecer as grandes distâncias entre os principais locais de assistência", justificando que nunca tinha dito que tudo estava bem, após a primeira morte que se verificou em Odemira, a 8 de Janeiro.

O presidente do INEM, Luís Ribeiro, garantiu também que "estas novas viaturas vão passar a ter elementos médicos, enquanto que com as VAP isso não acontecia".

Quanto a António Camilo, presidente da Câmara de Odemira, mostrou-se satisfeito com as medidas anunciadas afirmando que "apesar das mortes, houve vontade política para disponibilizar mais e melhores meios para o município", concluiu.

Quem não gostou de ouvir as palavras de Correia de Campos foi o também socialista, Pedro do Carmo, autarca de Ourique, que perdeu a VAP em Agosto do ano passado. "Não percebo estes critérios. Vou fazer chegar ao ministro o meu descontentamento", disse, recordando a grande sinistralidade da zona. Teixeira Correia

Odemira em debate na AR

No debate mensal que decorreu na Assembleia da República o PCP aproveitou para questionar o Governo sobre as duas mortes ocorridas em Odemira, alegadamente devido a atrasos no socorro. "A coberto de não se fazer utilização política, não se apuraram respostas. Não se trata de matéria técnica, mas já se percebeu que o Governo não quer fazer o inquérito por ser o principal visado, porque esta é uma matéria política", atirou Jerónimo de Sousa, secretário-geral dos comunistas. "Uma coisa é não haver nenhum aproveitamento político, outra é não se apurarem responsabilidades sobre esta matéria", criticou. Em resposta, Sócrates não se manifestou favorável à abertura de um inquérito, recusando "o aproveitamento político da questão". No entanto, acabou por defender o ministro da Saúde, Correia de Campos, lembrando que o governante estava no momento do debate em Odemira, e anunciando que serão colocados mais meios de emergência do Serviço Nacional de Saúde neste município. I.T.M.
Autor: José Palha Publicado em: 25-01-2007 15:28:33 (1577 Leituras, Votos 321)
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