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Bombeiros abandonam Comissão de Acompanhamento |
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Os Bombeiros Voluntários de Setúbal abandonaram a Comissão Acompanhamento Ambiental (CAA) da Secil, por alegada “falta de transparência e quebra de confiança” por parte da cimenteira ao decidir avançar com testes de co-incineração de Resíduos Industriais Perigosos (RIP’s).
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A decisão foi anunciada pelo presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Setúbal (AHBVS), José Luís Bucho, que lembrou o compromisso assumido pela corporação de abandonar aquele órgão fiscalizador, caso o Secil decidisse avançar com a queima de resíduos perigosos. “Em diversas ocasiões de controvérsia e discordância da AHBVS face ao desempenho da Secil, a associação decidiu permanecer na comissão, de modo a honrar o compromisso assumido de acompanhar e transmitir à sociedade civil as acções desenvolvidas pela empresa, apesar de sempre termos assumido que, caso a queima de Resíduos Industriais Perigosos avançasse, abandonaríamos a CAA”, disse, em conferência de imprensa, José Luís Bucho. O presidente da AHBVS salientou também que grande parte das instituições da sociedade civil que integravam a CAA saíram a partir do momento em que cimenteira decidiu avançar para a queima de resíduos industriais perigosos. De acordo com o presidente da AHBVS, após a saída da Câmara Municipal de Setúbal, juntas de freguesia da Anunciada, São Simão e São Sebastião, Região de Turismo Costa Azul e Quercus, a CAA é agora constituída por “duas entidades da sociedade civil - Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA) e Parque de Campismo do Outão e por cinco ou seis entidades governamentais”. “Não nos compete fazer essa avaliação, mas, da forma como a CAA está a funcionar, eu não lhe chamava uma comissão de acompanhamento; a partir deste momento chamar-lhe-ia uma Comissão de Apadrinhamento Ambiental da Secil”, disse José Luís bucho. Na conferencia de imprensa, o presidente da direcção da AHBVS anunciou ainda que pretende lançar dois desafios à Câmara Municipal de Setúbal, para que proceda rapidamente à criação de “uma Comissão de Acompanhamento Local, não só para as questões ambientais da Secil, mas também das outras indústrias do concelho”. José Luís Bucho vai também apelar à autarquia para que apresente “uma queixa junto das instâncias europeias, designadamente do Tribunal Europeu”, a exemplo do que já fez nos tribunais portugueses. Em comunicado, a CAA considera que os argumentos apresentados pela AHBSS “estão desenquadrados da realidade dos factos” e admite ponderar a admissão de novos membros, para garantir a desejada representatividade da comunidade na CAA.
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Impacto ambiental Estudo de 1998
O comunicado refere também que foram detectadas “algumas lacunas” no estudo sobre a adequação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) de 1998 à situação actual sobre a co-incineração de Resíduos Industriais Perigosos. O EIA de 1998 esteve na base da decisão do governo de isentar a Secil da realização de um novo estudo ambiental.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 28-12-2006 12:58:34 (1011 Leituras, Votos 229) |
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