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Quatro hidroaviões para combater fogos florestais e socorro

A Rússia vai pagar a dívida contraída pela União Soviética a Portugal, que ascende a quase 63 milhões de euros, com quatro hidroaviões BE-200 usados para combater incêndios, anunciou hoje Serguei Storchak, vice-ministro das Finanças.
Os quatro hidroaviões anfíbios, que também podem ser usados em operações de resgate e como aviões de transporte de passageiros, permitem saldar 90 por cento da dívida soviética, que ultrapassa os 62,7 milhões de euros, afirmou Serguei Storchak, citado pela agência espanhola EFE.

No início de Julho, o ministro da Administração Interna, António Costa, anunciou que o governo português ia decidir até ao final do ano sobre a aquisição de meios aéreos pesados para combate a incêndios, estando a ser ponderada a aquisição dos BE-200.

«Este ano teremos decisões definitivas sobre os meios aéreos pesados», afirmou António Costa, lembrando que a comissão técnica indicada para avaliar os meios tinha recomendado a aquisição de quatro aviões pesados.

Durante o primeiro teste em Portugal do Beriev BE-200, o ministro explicou que caso Portugal optasse pela compra da aeronave russa, o Governo teria de estudar o modelo de pagamento, que poderia passar pela «amortização da dívida da ex-União Soviética a Portugal».

A Beriev é uma empresa privada vocacionada para a construção de aeronaves de combate a fogos, mas existe a possibilidade de ser feito um acordo entre os dois países sobre a dívida que envolva esta operação, acrescentou António Costa.

A necessidade de grandes albufeiras ou enseadas de rios para abastecer e uma menor versatilidade em voo são dois dos pontos fracos da aeronave, o maior avião de combate a incêndios do mundo.

A orografia, a falta de pontos de água de grandes dimensões e várias questões climáticas foram alguns dos problemas levantados na altura pelo comandante do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Gil Martins, que reconheceu que a capacidade de descarga é uma «vantagem adicional» do Beriev sobre todos os outros aviões.

A aeronave russa leva o dobro de água (12 mil litros) que o Canadair, outro modelo que estava em equação pelo Governo.

Além do mar, o Beriev tem somente 13 pontos de captação de água seleccionados no continente, uma situação que limita a actuação do aparelho em comparação com as outras 50 aeronaves de combate a incêndios a actuar em Portugal, entre helicópteros e aviões.

Autor: José Palha Publicado em: 16-08-2006 17:06:35 (1668 Leituras, Votos 322)
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