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Bombeiros trocam indemnização por aumento de ordenado |
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Os 19 bombeiros, funcionários da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha, vão prescindir da indemnização de 465 mil euros decretada pelo Tribunal do Trabalho devido a horas extraordinárias, em troca de um aumento de cerca de 30% nos seus vencimentos.
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O acordo com os funcionários foi conseguido pela nova direcção da associação, presidida por Abílio Camacho. O responsável não quis adiantar os valores dos aumentos, mas adiantou que estes não irão pôr em causa a sustentabilidade económica daquela casa. “Não estamos a entrar em números disparatados, estamos a fazer justiça”, disse.
Para o dirigente, “foi um aumento justo porque há três anos que não havia aumentos” e o acordo foi “uma vitória muito grande para esta direcção, para a associação e para a própria cidade”. O presidente lembra que a associação não teria condições para pagar a indemnização estipulada pelo Tribunal e lamenta que não tenham conseguido tomar posse antes da sentença porque teria sido mais fácil negociar.
Como chegaram a um acordo vão anular o recurso que tinha sido interposto pela anterior direcção e estão a trabalhar com um outro advogado “que é perito em Direito do Trabalho”.
A partir de 1 de Agosto os condutores de ambulâncias passam a receber de acordo com o que ficou estipulado. Mediante o acordo colectivo de trabalho. haverá também uma qualificação na carreira dos bombeiros. “Eles vão ter um índice de carreira na horizontal e na vertical, mas a progressão na vertical depende do comando”, explicou. Os ordenados serão pagos de acordo com o índice de carreira (chefes, sub-chefes, bombeiros de primeira, segunda e terceira).
A direcção vai agora rever também os ordenados de todos os outros funcionários (mais duas dezenas) que trabalham na associação, por uma questão de justiça. O dirigente estima que haverá um acréscimo de cerca de 20 mil euros nos ordenados a pagar mensalmente.
Abílio Camacho elogiou o papel dos delegados sindicais dos trabalhadores, também eles bombeiros. “Gostava que ficasse bem vincado a lisura que tiveram todos os funcionários, mas fundamentalmente os delegados sindicais que nos ajudaram a resolver esta situação”, afirmou.
Questionado sobre o porquê da anterior direcção não ter conseguido chegar a nenhum acordo, Abílio Camacho comentou que agora “imperou o bom senso”. Segundo o que lhe foi dito, nunca houve diálogo entre a anterior direcção e os delegados sindicais. “Sem isso é impossível haver negociações”, disse.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 05-08-2006 16:40:37 (946 Leituras, Votos 223) | Fonte: Gazeta das Caldas |
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