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GNR prepara equipa de reacção rápida para apoio a vítimas

A GNR vai ter, a partir do final do mês, uma equipa de 150 militares distribuídos pelo país que funcionará como «guarda avançada» para reacção em caso de catástrofe, nomeadamente no apoio a vítimas de terrorismo.
Estes elementos estão a ter formação até final da próxima semana, no âmbito do seminário «Vítimas do terrorismo: a resposta psicossocial das forças de segurança», em Queluz, com a participação de peritos internacionais e representantes da Associação FIEP, constituída por polícias de natureza militar de cerca de dez países.

Segundo o capitão Galvão da Silva, membro do Gabinete de Gestão de Crises da GNR e responsável pela organização do seminário, no final da formação, em termos práticos «estarão cerca de 150 militares no terreno», preparados para actuarem em situações críticas em termos de primeira intervenção.

Em caso de catástrofe, estes militares, disseminados pelo país, deverão ser os primeiros a avançar para o local, para que depois seja mobilizada uma equipa central e outros reforços.

«Esta equipa central é constituída por 22 técnicos, todos com formação superior, muitos deles com pós-graduações, mestrados e a iniciar doutoramentos nesta área e áreas afins», explicou.

Em caso de catástrofe ou ataque terrorista, a GNR tem já uma equipa de especialistas em apoio a vítimas, preparada para partir para qualquer parte do território nacional ou do mundo, neste caso ao abrigo do mecanismo europeu de Protecção Civil, da área civil da NATO e das Nações Unidas.

«Estamos já preparados para trabalhar de forma integrada com todos os outros elementos de socorro, como paramédicos e Protecção Civil», sublinhou, acrescentando que esta equipa de apoio a vítimas, desde a activação do pedido, «demora duas horas a partir para o território nacional e seis horas no caso de uma missão internacional».

O seminário, a decorrer em Queluz, é o primeiro realizado no âmbito da organização FIEP e resultou de uma candidatura da GNR a um programa específico da União Europeia dedicado a vítimas de terrorismo, uma área em que a Comissão Europeia está a apostar no âmbito das áreas de Liberdade, Segurança e Justiça.

Da iniciativa deverá sair um manual de boas práticas, que definirá um método comum de agir no apoio a vítimas de catástrofe por parte das forças de segurança militarizadas de países europeus.

«As forças de segurança têm de estar preparadas para agir em diversos cenários, entre eles um possível atentado terrorista, segundo princípios que são os mesmos aplicados a qualquer tipo de grande catástrofe», disse Galvão da Silva, salientando que «hoje as fronteiras estão-se a dissipar e a GNR é uma força totalmente internacionalizada».

«Convidámos forças de outros países e peritos internacionais, alguns dos quais já vinham trabalhando connosco, de forma a discutirmos em conjunto estas práticas, com o objectivo de apresentar um manual comum, que nos permita colaborar e actuar noutros países com uma forma de procedimento comum», explicou, sublinhando que «há países que têm dado respostas a tragédias sem se conseguirem articular no terreno, causando ainda mais problemas».

O projecto de manual que sairá destes 12 dias de seminários e workshops deverá estar concluído até Setembro, de forma a ser aprovado em Outubro na reunião de directores e Comandantes-Gerais dos países da organização FIEP, em Itália, país que assume em breve a presidência da organização.
Autor: José Palha Publicado em: 13-07-2006 16:55:05 (2442 Leituras, Votos 335)
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