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Protesto em homenagem |
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O comandante da Companhia de Sapadores de Coimbra, José Augusto Almeida, manifestou-se ontem desagradado pelo facto das famílias dos quatro bombeiros que morreram há um ano, num fogo florestal em Mortágua, ainda não terem recebido a totalidade das indemnizações a que têm direito.
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“Cumprimos a missão com o risco da própria vida e o mínimo que se pode exigir é que as instituições colaborem e cumpram a parte deles”, disse o responsável, antes de acrescentar: “Há um ano que aconteceu isto e algo mostra que as coisas não estão a funcionar como deviam.” O comandante lembrou que “as estruturas deviam estar preparadas para ser mais céleres nestes casos”.
Segundo Acácio Silva, pai do bombeiro falecido com o mesmo nome, “falta receber o seguro de vida, que anda à volta de 75 mil euros. O resto, da câmara e da parte dos bombeiros, está normalizado”.
As viúvas de Adelino Oliveira e José Lapa cumpriram a promessa e não estiveram presentes na homenagem institucional, que incluiu uma missa e o descerramento de uma placa na entrada do quartel dos Sapadores de Coimbra, seguida de visitas aos cemitérios de Almalaguês e Semide.
A justificação para as ausências prende-se com a falta de apoio jurídico e o atraso nas indemnizações. As duas mulheres reclamam melhor acompanhamento psicológico e o pagamento dos funerais conforme prometido há um ano.
SEQUELAS
GRATIDÃO
Carlos Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, justificou a homenagem como um “acto de gratidão e justiça”, lembrando a tragédia de 28 de Fevereiro de 2005 como “um golpe muito profundo que causou uma dor muito forte” no seio da corporação.
DIFÍCIL
O mais trágico acidente da História da corporação dos Bombeiros Sapadores de Coimbra revela-se “uma memória impossível de apagar” para bombeiros e familiares. O pai de Acácio Silva diz tratar-se de “uma situação muito difícil que nunca mais passa”. |
Autor: José Palha |
Publicado em: 05-03-2006 17:54:26 (956 Leituras, Votos 222) |
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