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Bombeiros vão ter novo equipamento de protecção |
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O Governo vai comprar equipamento de protecção individual adequado para o combate aos incêndios florestais para 5.000 bombeiros, anunciou hoje o ministro da Administração Interna.
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António Costa, que falava na Comissão Parlamentar Eventual para os Fogos Florestais, estimou que os custos desse equipamento deverão rondar cerca de seis de milhões de euros. Este montante estava afecto aos governos civis, que distribuíam essa verba para atribuição de subsídios na área da protecção civil, mas agora o dinheiro será integralmente canalizado para equipar cinco mil elementos, o número de bombeiros que o Ministério da Administração Interna diz estarem operacionais.
António Costa considerou o equipamento de protecção individual «absolutamente essencial» para a segurança dos bombeiros, lembrando que nos anos anteriores se vêem habitualmente imagens de homens a combater incêndios sem capacete, sem luvas ou sem botas adequadas.
Já o secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, adiantou ainda que será dada nos próximos meses formação específica aos comandantes distritais da GNR e aos comandantes de todos os corpos de bombeiros.
O ministro António Costa realçou que a criação do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR, inicialmente com 315 elementos, «é fundamental para estruturar um novo conceito operacional» de combate aos incêndios baseado em equipas de primeira intervenção e numa estrutura de comando única.
Algumas corporações de bombeiros têm já grupos preparados para atacar os incêndios logo na fase inicial.
Para o combate aos fogos haverá - entre bombeiros e forças de segurança - um conjunto de elementos de primeira intervenção (para detectar os fogos nascentes), um outro para o combate aos fogos já em fase alargada e um terceiro conjunto de elementos só destinado para «a protecção das pessoas e bens».
«Trata-se de um novo conceito operacional para que não haja confusões de missões», justificou o ministro.
António Costa esclareceu ainda as diferentes missões da GNR, dizendo que o GIPS é uma unidade operacional de intervenção, enquanto o Serviço Especial de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) tem a responsabilidade da coordenação dos sistemas de vigilância e detecção de incêndios.
No SEPNA vão ser integrados a partir de Maio os 500 guardas florestais existentes em Portugal, que transitam da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, tutelada pelo Ministério da Agricultura.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 14-02-2006 17:28:21 (1214 Leituras, Votos 257) |
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