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Onze bombeiros temem ficar no desemprego |
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Os onze bombeiros que constituem a brigada helitransportada de combate aos fogos florestais sedeada em Santa Comba Dão temem perder o emprego já que os contratos de trabalho terminam em Abril (10) e Maio (1) e até ao momento ainda não houve nenhuma indicação sobre a sua continuidade.
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Estes bombeiros são oriundos das corporações de Santa Comba Dão, Sernancelhe, Viseu, Canas de Senhorim e Penalva do Castelo e estão laboralmente vinculados com as respectivas associações de bombeiros, exercendo funções na base de Santa Comba sob a tutela disciplinar e hierárquica do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC). Estes elementos foram contratados em Abril deste ano e frequentaram uma única acção de formação na Lousã, mas agora temem pelo seu futuro já que “os contratos estão a acabar e apesar das novas medidas não vimos contemplados em lado nenhum”, afirma um destes bombeiros. Um outro bombeiros manifesta-se dizendo-se “surpreendido”, porque com a criação do Grupo Especial de Socorro (GES) “vimos aí uma oportunidade, mas nada e agora que anunciaram os meios aéreos permanentes continuamos sem ser lembrados”, adianta.
Com efeito depois da criação do GES, o governo anunciou esta semana a contratação permanente de meios aéreos afectos aos fogos florestais. Os novos meios visam também “ser utilizados em outras missões de socorro e das forças de segurança”, afirmou o ministro da Administração Interna, António Costa.
Porém as brigadas SNBPC têm andado um pouco esquecidas. Fizeram o curso na Escola Nacional de Bombeiros da Lousã e desempenharam funções nos fogos florestais deste ano e mais nada. Terminada a época de incêndios e até hoje não houve treinos, manutenção ou sequer um reaproveitamento. Estão ao serviço nos corpos de bombeiros de origem desempenhando várias tarefas mas sem treino ou requalificação conjunta.
A decisão de aquisição permanente de meios aéreos foi tomada através de uma comissão especial composta por representantes do Ministério da Agricultura, Força Aérea, do Instituto Nacional da Aviação Civil, do SNBPC e de pilotos com uma longa experiência em incêndios florestais. Esta comissão propôs que o Estado devia ter permanentemente, quatro aviões pesados anfíbios, seis helicópteros médios e ainda quatro helicópteros ligeiros. É aos helicópteros que cabe assegurar o transportes das brigadas helitransportadas para incêndios nascentes, sendo que esta mobilização, em termos doutrinários e operacionais, permite a sua rápida deslocação para outros incêndios.
Esta é a segunda medida de fundo anunciada para combater os fogos florestais e que o governo anunciou. Pese embora falar nos meios aéreos continua por esclarecer quais as intenções do governo na continuidade ou extinção das brigadas do SNBPC. O Voz das Beiras tentou obter um comentário junto do SNBPC o qual até ao fecho desta edição não respondeu.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 17-01-2006 11:09:22 (1692 Leituras, Votos 332) | Fonte: Voz das beiras - 16:01:2006 |
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