Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

INEM e bombeiros em guerra aberta

Parceiros no socorro, Instituto Nacional de Emergência Médica e bombeiros não se entendem. No meio, estão casos como o da morte de Adelina Oliveira, 87 anos, a 23 de Dezembro.
O filho informou o 112, que aceitou o óbito, sem fazer deslocar o INEM a Palmela. Os bombeiros dizem que a mulher ainda estava viva e que não foi salva. No INEM garantem o contrário e dizem que, a haver negligência, seria dos bombeiros.

Os Bombeiros de Palmela garantem ao Correio da Manhã que Adelina Oliveira “tinha pulso”, uma hora depois, quando iam levantar o cadáver. Foi transportada ao Hospital de Setúbal “viva e depois de uma massagem cardíaca.”

O presidente da corporação, Octávio Machado, diz mesmo que “o INEM atestou um óbito à distância. Nem se deslocou ao local, nem accionou os bombeiros; teve de ser a GNR a faze-lo”.

E depois, diz, os bombeiros não contactaram o INEM quando constataram que a mulher estava viva, porque até têm “mais meios humanos e melhores viaturas...”

Mas Nélson Pereira é responsável do INEM e não tem dúvidas de que a vítima estava morta quando o filho marcou o 112, às 22h25. “Aliás, ficou provado que tínhamos razão”. E a prova, diz o médico, “são os livores cadavéricos que a vítima apresentava, cerca das 00h00, quando entrou no Hospital de São Bernardo, em Setúbal”. É que os livores cadavéricos “iniciam-se duas a quatro horas depois da morte. Ou seja, a morte ocorreu antes das 22h00.”

O médico vai mais longe e diz que se os bombeiros tivessem dúvidas “tinham de contactar e esperar pelo INEM. Eles não têm capacidade técnica para lidar com uma situação desta gravidade.”

E dá um exemplo. “Vamos supor que a senhora estava viva. Que não estava. Massagens cardíacas? É a última coisa que se faz a alguém que, como eles dizem, tinha pulso...”

COMO FUNCIONA A EMERGÊNCIA

O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) está dividido em quatro grandes centrais regionais, responsáveis pela coordenação de toda a emergência médica em Portugal, a partir do 112. Ou seja, as mais de 3500 chamadas diárias estão repartidas pelo CODU Norte, sediado no Porto; CODU Centro, sediado em Coimbra; CODU Lisboa, Vale do Tejo e Alentejo, sediado em Lisboa; e CODU Algarve, sediado em Faro. Quando alguém marca o 112 a chamada é atendida pelo comando da PSP no distrito de onde é feita a chamada – independentemente de ligar por telemóvel ou a partir de rede fixa. Os suportes avançados de vida, viaturas do INEM tripuladas por médicos e enfermeiros, estão sediados nos vários hospitais do País e avançam sempre para situações de emergência às ordens do CODU.
Autor: José Palha Publicado em: 06-01-2006 14:20:46 (1278 Leituras, Votos 273)
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