Bombeiros Voluntários de Alcabideche
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Portugal forma primeiros doutores em socorrismo | ||
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 “Actualmente, o presidente do município é o responsável pela protecção civil e tem dificuldade em criar um gabinete especializado. O que hoje assistimos é a muitas câmaras que tentam resolver o problema o melhor que podem, com pessoas que têm as mais variadas formações, desde o Direito à Engenharia, e que depois se interessam pelo ramo e fazem uma formação em cursos de pós-graduação, ou no Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil”, explicou ontem ao CM Roberto Gamboa, coordenador do curso superior de Protecção Civil que decorre em Peniche. O docente, responsável pelo curso na Escola Superior de Tecnologia do Mar, sublinha que “não há nenhum técnico licenciado em Protecção Civil em Portugal”, adiantando que o curso, de quatro anos, “vem colmatar uma lacuna que existia e uma necessidade manifestada pelas próprias autarquias”. “Esperamos que os nossos alunos possam ser uma mais-valia para os municípios e consigam preparar planos de emergência e atitudes de prevenção e socorro com um conhecimento muito concreto, para que nos sintamos mais seguros e o socorro seja mais rápido”, adianta Roberto Gamboa. O coordenador considera que as funções para as quais os alunos são formados adquiriram uma importância maior com as últimas catástrofes, que se verificaram em várias partes do Mundo. Em Peniche e Beja frequentam os cursos de Protecção Civil, iniciados no ano passado, perto de 100 alunos. A licenciatura ocorrerá no ano lectivo 2007/2008, altura em que sairão os primeiros diplomados com esse grau em Portugal. No Politécnico de Castelo Branco, arrancou este ano outro curso superior na área da Protecção Civil. ALUNOS “O que me trouxe a este curso foi o facto de estar integrado no corpo de Bombeiros Municipais de Alpiarça e pretender lidar com os vários recursos que podem colmatar os riscos existentes. Por exemplo, no combate aos incêndios florestais, as pessoas dizem que há falta de meios. Ora, na minha opinião, acho que há é falta de coordenação, daí o meu interesse neste curso.” Fábio Correia - 22 anos, Leiria “As acções dos bombeiros não são mais do que uma missão humanitária e um contributo para melhorar o serviço prestado às populações. O que acontece actualmente é que as pessoas estão no seu gabinete e acham que trabalham sozinhas e não precisam de mais ninguém. Se não se trabalhar em conjunto em Portugal, não se vai resolver metade dos problemas nesta área.” Elisa Matos - 20 anos, Açores “Penso que esta formação que estou a frequentar é um curso com muita saída e de grande utilidade para a sociedade. Muitas das acções que são feitas hoje em dia envolvem uma parte de segurança que não é tida em conta. Depois de quase um ano de curso, considero que já temos uma visão diferente do que é o risco e do que podíamos mudar.” Jorge Henriques - 20 anos, Aveiro PREPARAÇÃO HABILITAÇÕES O curso ensina a intervir em matérias de segurança e protecção civil, ao nível da prevenção, gestão do socorro e limitação de danos. As saídas profissionais são as autarquias, gabinetes de protecção civil e de segurança. CURSO O Grupo de Trauma e Emergência das Caldas da Rainha e Óbidos realizou ontem um curso avançado de socorro para os alunos de Protecção Civil. Aprenderam técnicas complementares ao curso. CONGRESSO Quinta e sexta-feira, a escola de Peniche promove um Congresso de Protecção Civil. Incidirá sobre os temas ‘O Mar e o Litoral’, ‘O Fogo e o Homem’ e ‘A Vida e o Socorro Pré-Hospitalar’. | ||
| Autor: José Palha | Publicado em: 16-11-2005 16:22:39 (1402 Leituras, Votos 298) | |
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