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INEM: bombeiros e Ministério da Saúde chegam a acordo para rever protocolos

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e o Ministério da Saúde chegaram ontem a acordo para a marcação de duas datas com vista à revisão dos protocolos respeitantes ao transporte de doentes e ao socorro pré-hospitalar, tarefas que são desempenhadas pelas diversas corporações de voluntários.
O presidente da LBP, Duarte Caldeira, anunciou que, após a reunião com o ministro da Saúde, Correia de Campos, e o secretário de Estado, Francisco Ramos, ficou decidido que até ao final do mês irão ter início as negociações para revisão do protocolo de prestação de serviços relativo ao transporte de doentes por parte dos bombeiros; na primeira quinzena de Dezembro começam as reuniões sobre o socorro pré-hospitalar, que os bombeiros desempenham muitas vezes em substituição do INEM.

"O resultado da reunião só nos pode deixar satisfeitos, pois esta foi a primeira vez, em oito meses, que houve houve disponibilidade do ministério para negociar", disse ao PÚBLICO Duarte Caldeira.

Tanto em relação ao transporte de doentes como no que respeita ao serviço pré-hospitalar, o presidente da LBP considera que os preçários em vigor estão "desajustados". "Ao contrário do que as pessoas possam pensar, não são os incêndios florestais que mais ocupam as corporações de voluntários. Os dois protocolos que pretendemos rever correspondem a cerca de 85 por cento do trabalho anual dos bombeiros", disse.

Duarte Caldeira salientou ainda que a liga não fez qualquer proposta de valores a pagar pelos serviços prestados, uma vez que, primeiro, é necessário "identificar o custo padrão".

A revisão dos montantes a pagar pelo Estado aos bombeiros justifica-se, segundo o presidente da LBP, pelo facto de, por exemplo, no que respeita aos serviços de substituição do INEM, ainda vigorar a tabela de 1982.

"Só no ano passado houve um agravamento das despesas dos bombeiros na ordem dos 40 por cento, que ficou a dever-se ao aumento do preço dos combustíveis. Será justo que sejam revistas as tabelas", adiantou Duarte Caldeira.

O presidente da LBP lembrou ainda que o Governo deveria ter actualizado os preços em Janeiro deste ano. Essa actualização corresponderia ao aumento da inflação (2,5 por cento). "Tal não aconteceu e nós [bombeiros] compreendemos a situação económica do país." Para o próximo ano está estipulado que as actualizações dos serviços em causa ascendam a 20 por cento.
Autor: José Palha Publicado em: 15-11-2005 13:15:51 (1101 Leituras, Votos 243)
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