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Museu do Bombeiro abrirá portas até Março

espaço Ideia é criar uma atmosfera dinâmica que cruze passado e presente Edifício terá cafetaria e auditório
O sonho de criar um Museu do Bombeiro tem mais de 70 anos e vai tornar-se realidade até Março de 2006. O embrião já está em crescimento no edifício do quartel situado na Avenida Lusíada, junto ao Centro Colombo, em Lisboa, mas o espólio ali instalado ainda só pode ser visto pelo público através de marcações e constitui apenas uma amostra do imenso património existente.

Nos mais de sete mil metros de área coberta, distribuídos por quatro pisos, dois deles subterrâneos, estarão expostos veículos, documentos, fotografias, miniaturas, equipamentos e ferramentas, a título permanente e temporário, já que corporações de todo o país, e do mundo, serão convidadas a mostrar o seu acervo.

O projecto é ambicioso e prevê a realização de conferências, percursos, animações culturais e instalação de painéis informativos. O edifício está dotado de auditório e cafetaria, mas as valências aguardam por uma inauguração. "Queremos criar um museu interactivo, dinâmico mostrar o passado e o presente às pessoas. Não queremos que seja apenas um espaço contemplativo", explica Mónica Duarte, responsável pelo museu.

A abertura do espaço "é para avançar o mais depressa possível", refere Mónica Almeida. Mesmo que não seja possível inaugurar com o espólio e as valências projectadas, o museu deverá abrir até Março. "Não nos faltam pessoas imaginativas e muito empenhadas", afirma a responsável. Admite, no entanto, que tudo está dependente da dotação financeira da Câmara Municipal de Lisboa, de quem o RSB depende, e dos recursos humanos disponíveis.

Apesar de o museu abrir apenas para visitas previamente marcadas, é muito solicitado por adultos e crianças. Meio milhar de entusiastas de palmo e meio passaram por lá, entre Julho e Setembro.

O espólio é que não pára de crescer. Todos os anos são abatidas dezenas de viaturas, que se juntam às mais antigas, verdadeiras relíquias, algumas sem paralelo a nível mundial. Com origens que remontam a mais de 600 anos, conseguiu reunir um acervo invejável.

Enquanto que, em muitos países da Europa as viaturas eram abatidas com mais frequência ou transformadas para servir as guerras mundiais, em Portugal estas foram mais preservadas. O restauro feito em Chelas permite dar a estes carros uma nova vida. Muitas vezes são levados para a rua, para simulacros históricos, organizados em momentos simbólicos da história do RSB.

Entre o espólio já disponível no museu está o primeiro pronto-socorro motorizado da corporação, um Richard Brazier, de 1906. Emblemático é também o Carro de Escadas da Alfândega, do século XVIII e o primeiro do género conhecido em Portugal. Servia para salvar pessoas em locais elevados. O restauro demorou quase dois anos.
Autor: José Palha Publicado em: 14-11-2005 17:42:59 (1283 Leituras, Votos 256)
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