|
|
|
Bragança: aviões foram ineficazes no combate aos fogos de Verão |
|
Balanço da época de incêndios
|
|
|
Os aviões de combate a incêndios florestais disponibilizadas durante o Verão para o distrito de Bragança revelaram-se ineficazes, segundo um balanço da época de fogos na região feito hoje pelas autoridades locais.
Para o governador civil, Jorge Gomes, o balanço é considerado "positivo". Apesar disso, considera que os dois aviões Dromader utilizados no combate às chamas não se adaptaram "às características do terreno acidentado da região".
"Os aviões demoram mais tempo a abastecer e exigem muitos recursos em terra para apoiar o abastecimento", afirmou o governador civil, para quem "os helicópteros funcionam melhor nestas circunstâncias".
Para os responsáveis locais, o ideal seria existirem três helicópteros no distrito, embora admitam que, com pelo menos dois - um a norte e outro a sul - a resposta já seria melhorada.
O governador civil considera também que se tivessem sido feitas queimadas controladas durante o Inverno, não teria sido necessário apagar tantos fogos no Verão. O responsável acredita que as novas directrizes do Governo em matéria de incêndios, que prevêem esta medida, permitirão resultados diferentes no próximo ano.
O número de incêndios no distrito de Bragança aumentou este ano para 952, enquanto em 2003 - um dos piores anos de sempre no país - a região registou 634 ocorrências. No entanto, a área ardida é menor: 13.300 hectares contra os mais de 15 mil de há dois anos. Da área ardida, 1700 hectares situam-se no Parque Natural de Montesinho, que foi mais atingido durante o Inverno, em Março, do que durante a época crítica de Verão.
|
Autor: José Palha |
Publicado em: 05-11-2005 14:55:17 (813 Leituras, Votos 183) | Fonte: Jornal o Público |
|
|
|
|