Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

Voluntários dizem-se marginalizados

Às onze horas da manhã, a Praça do Rossio, em Lisboa, transformou-se num quartel de bombeiros.
Cerca de uma dezena de ambulâncias, de cinco das seis corporações de voluntários da cidade, estacionaram a um canto da praça. E saíam em serviço de emergência, sempre que era accionado o centro de comando único ali montado. Duarte Caldeira, o presidente da Liga de Bombeiros, esteve presente no Rossio, logo de manhã. Com este "quartel aberto", a Liga pretendeu "afirmar" a importância dos bombeiros no socorro e demonstrar como deveriam funcionar as coisas um centro único, que fundisse o CODU (INEM) e os CDOS (Bombeiros) - com um comando único a accionar os meios necessários.

Foi o que fizeram, ontem. Os vários quartéis de Lisboa recebiam as chamadas de pedidos de socorro, contactavam o centro de comando único montado no Rossio, que accionava as ambulâncias ali estacionadas.

A manhã chuvosa prejudicou um pouco as demonstrações de "suporte básico de vida" que os bombeiros das corporações de Lisboa quiseram oferecer à população. Tudo para mostrar que estão aptos a realizar manobras de reanimação e socorro pré-hospitalar. Tanto ou melhor que o INEM. Até porque, como nos disse José Bento, comandante dos Lisbonenses, muitos funcionários do INEM são bombeiros.

Os protestos dos voluntários de Lisboa que se concentraram no Rossio vão todos para "a tentativa de monopolização" que, segundo dizem, o INEM tem tentado fazer relativamente ao socorro. "Eu tive que acabar com uma ambulância e uma tripulação especializada, que mantinha de reserva para os serviços do INEM, porque não valia a pena. Chamavam-nos uma ou duas vezes por mês", insurge-se José Bento. O comandante afirma que o INEM só chama os bombeiros à hora das refeições ou das rendições do seu pessoal. E que, por vezes, "chegam a casa do doente e, não havendo fractura ou sangue, dizem às pessoas para chamarem os bombeiros e vão-se embora". O INEM recebe a maioria das chamadas de pedido de socorro - é mais fácil fixar o 112 - e, ainda de acordo com José Bento, não as distribui de forma igualitária. Há corporações que são chamadas "duas ou três vezes por mês e outras 100 ou 200. Porque será?", questiona, deixando no ar uma insinuação que não quis explicar. Das seis associações de voluntários de Lisboa, apenas faltou a de Cabo Ruivo. O JN tentou falar com o comandante, mas, segundo nos foi dito no quartel, não estava contactável
Autor: José Palha Publicado em: 31-10-2005 11:06:07 (1284 Leituras, Votos 263)
Fonte: JN
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