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Relatos do terramoto de 1755 em três livros |
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Dois séculos e meio depois do grande terramoto de 1755, foram ontem apresentados, no Grémio Literário, em Lisboa, mais três obras que recuperam relatos e memórias do fenómeno que se abateu sobre a cidade, marcando-a de forma indelével.
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Em «Memórias de uma Cidade Destruída», com prefácio de D. Manuel Clemente, contam-se os testemunhos dos párocos das igrejas da Baixa-Chiado, escritos logo após o sismo, por ordem do cardeal patriarca, em cumprimento de uma deliberação régia.
"O Terrível Terramoto da Cidade que foi Lisboa", reúne a correspondência enviada periodicamente para Roma do Núncio Filippo Acciaiuoli, à Secretaria de Estado, Papa, Cardeal Secretário e ao irmão, com tradução do Monsenhor Arnaldo Pinto Cardoso.
O terceiro livro, transposto para português por Vasco Graça Moura - "O Poema sobre o Desastre de Lisboa de Voltaire" - completa a trilogia apresentada publicamente ontem pela Alêtheia Editores. As receitas revertem a favor das obras de restauro das igrejas da Baixa-Chiado.
D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, assina o prefácio de Memórias de uma Cidade Destruída. Manuel Salgado, lisboeta, arquitecto que marca a cidade moderna, foi convidado a apresentar o livro sobre "um dos poucos acontecimentos totais" da história mundial e que juntou tremor de terra, incêndio (mais destrutivo que o abalo) e um tsunami.
O novo modelo de cidade escolhido e que chegou aos nossos dias foi, para Manuel Salgado, a opção mais corajosa e a mais difícil face a hipóteses que passavam por erguer Lisboa tal como era ou construir uma nova metrópole em Belém. Sublinhou ainda o carácter "inovador" da construção e do desenho urbano. T.R. |
Autor: José Palha |
Publicado em: 26-10-2005 10:29:46 (984 Leituras, Votos 180) |
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