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Concelho sem preparação em caso de sismo |
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"Se houvesse hoje um sismo em Portugal, a vila de Cascais não estaria preparada para a a catástrofe", afirmou o presidente da Câmara Municipal, António Capucho, no Centro Cultural da vila, na inauguração da exposição "Cascais em 1755, Do Terramoto à Reconstrução".
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No entanto, frisou que "o Plano Municipal de Emergência contempla a ocorrência de sismos" e que pretende aumentar o número de simulações de catástrofes no concelho, "principalmente nas escolas, insistindo igualmente na prevenção", sublinhou.
Através de gravuras, quadros e cartas topográficas do século XVIII, são mostradas as consequências do terramoto do dia 1 de Novembro de 1755, e do consequente maremoto, em Lisboa e em Cascais.
A exposição já tem alguns anos e foi agora recuperada pelo SNBPC para comemorar o 250º aniversário do terramoto. A mostra foi conduzida pelo investigador do organismo, Nélson Silva, que deu uma verdadeira aula de história às dezenas de visitantes.
O concelho de Cascais teve o maior número de falecimentos como consequência do abalo, com cerca de 93% do total de mortes. "Suas ruas não são ruas, são montes de pedras", assim descreveu o padre de Ressureição de Cristo uma das freguesias mais afectadas da área de Lisboa pelo abalo com intensidade X e XI, na escala de Mercalli. A mostra da documentação da época já esteve em Mafra, Vila Real, Évora e Pinhal Novo e fica até ao próximo dia 30 em Cascais.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 21-10-2005 20:31:37 (4871 Leituras, Votos 289) |
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