Bombeiros Voluntários de Alcabideche
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Europa aposta em frota própria e Portugal continua a alugar | ||
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| O velho senhor que começa a ser desafiado por jovens recém-chegados desejosos de mostrar capacidades A este helicóptero americano com 10 000 litros de capacidade não faltaria trabalho fora da época de fogos Quase todos os países da Europa mediterrânica têm frota própria de combate a incêndios. Portugal, país atlântico de sensibilidade mediterrânica, recorre quase exclusivamente ao aluguer a empresas privadas, exceptuando os dois helicópteros do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil. Uma corrente de opinião já antiga defende a alteração dessa opção, mas a crise e o défice não lhe perspectivam grande futuro. A discussão recomeça agora, com a floresta de novo a arder... Para a época de 2005 foram previstos 47 aparelhos, principalmente helicópteros ligeiros (800 a 1000 litros). A frota incluía ainda seis hélis pesados (3000 l) e doze aerotanques ligeiros e médios. Também aqui a tendência é oposta à da Europa, que privilegia os meios pesados. Estão igualmente previstos dois aerotanques pesados Canadair, mas estes têm de reabastecer-se em barragens ou lagos e este ano o estado de penúria das albufeiras põe em causa a sua operacionalidade. Sem pretensões de exaustão, apresentamos a seguir os casos da Grécia e da Itália, dois países que procuram fazer face a problemas semelhantes aos nossos recorrendo, principalmente, a meios aéreos próprios. Não deixam, apesar disso, de se servir do aluguer, mas apenas para complemento do \"exército\" principal. Grécia A Grécia, com uma população quase igual à nossa e área 43% superior, tem frota própria de aeronaves de combate a incêndios, operada pela Força Aérea, que incluía, em 2004, 23 Canadair (13 do modelo mais antigo, o C-215, e dez do mais moderno, o C-415). A frota grega tinha ainda 18 Dromader, aviões ligeiros de que Portugal alugou dez exemplares em 2003. Além dos aparelhos de que é proprietária, a Grécia contrata meios adicionais na época crítica. Em 2004 alugou seis helicópteros de fabrico russo Ka-32 (5000 litros), quatro exemplares do maior helicóptero do mundo, o também russo Mi-26T (20 000 l), e três helicópteros Erickson Aircrane S-64 norte-americanos com 10 000 litros de capacidade, quase o dobro do Canadair mais moderno. Gavriil Xanthopoulos, consultor do secretário-geral para as Florestas e Ambiente da Grécia em 1994-96, consultor do Serviço de Combate a Incêndios do Ministério da Ordem Pública grego em 1999-2000 e presentemente investigador na área dos fogos florestais do Instituto de Ecossistemas da Floresta Mediterrânica e Tecnologias de Produtos Florestais, em Atenas, disse ao DN que o S-64 é sem dúvida \"a melhor máquina aérea de combate a incêndios\". Infelizmente, acrescenta, \"é também a mais cara\". É, porém, mais barato que um Canadair, embora os custos de operação sejam mais elevados. Xanthopoulos lembra, no entanto, que os meios aéreos devem ser a última arma, realçando o papel primordial da prevenção e boa gestão da floresta. E recorda que os franceses criaram nos anos 80 um forte dispositivo de combate a fogos, com numerosos Canadair e helicópteros, e isso não os salvou, em 2003, de uma enorme devastação provocada pelos incêndios, que não tiveram, apesar disso, a gravidade do que nesse ano aconteceu em Portugal. Itália O Departamento de Protecção Civil italiano tinha à sua disposição, em 2004, 16 Canadair, com capacidade para 6000 litros cada. Quanto a helicópteros, dispunha de quatro Erick-son S-64 (10 000 litros), três AB412 (1000 l), três AB212 (600 l), dois CH47 (5000 l) e quatro NH500 (530 l). Todos estes aparelhos pertenciam a departamentos ou organismos do Estado Departamento de Protecção Civil, Corpo Florestal do Estado, Corpo Nacional de Vigilantes do Fogo, Exército e Marinha. | ||
| Autor: José Palha | Publicado em: 09-06-2005 (1676 Leituras, Votos 306) | |
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