Bombeiros Voluntários de Alcabideche
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Especialista adverte para falta de análise de erros | ||
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Xavier Viegas, especialista em incêndios, duvida do sucesso das medidas que o Governo vai pôr em marcha para combater os fogos, pois ninguém sabe quais foram os erros cometidos no passado. «Estou convencido que ainda não foi feita uma análise como devia de ser do Plano dos Incêndios de 2003. Houve um manto de silêncio. Publicou-se um livro branqueador da situação, que não deu nenhuma análise aprofundada», afirmou à TSF. O especialista disse ainda que tudo o que se tem feito a partir de então tem sido apenas mudar estruturas e leis, sem saber porque as coisas não funcionaram no passado. «Estamos todos contentes, porque pensamos que mudamos a lei e tudo vai mudar», acrescentou. Em 2003, o pior ano a nível de incêndios desde 1980, arderam quase 426 mil hectares de floresta em 26196 incêndios, onde perderam a vida 20 pessoas e houve um prejuízo de pelo menos 330 milhões de euros. Os fogos de 2003 destruíram bastantes habitações, tendo ainda atingido bastantes explorações agrícolas e pecuárias, que levaram à morte de centenas de animais. Na lavoura, os prejuízos não foram grandes, porque a época das colheitas já tinha passado. A seca que grassa no país está a aumentar as possibilidades dos incêndios voltarem a queimar muitas floresta durante este ano, fogos que, de resto, já começaram muito antes da abertura oficial da época de incêndios. Quase quatro mil bombeiros de 449 corporações apoiados por 927 viaturas e 41 aeronaves vão estar envolvidos no combate aos fogos em 2005, um combate que poderá ficar prejudicado pela baixa dos níveis de água nas barragens. As verbas que estão disponíveis para a vigilância e prevenção de incêndios rondam os 95 milhões de euros, ao passo que o combate propriamente dito terá um orçamento de 131 milhões de euros. | ||
| Autor: José Palha | Publicado em: 13-05-2005 (1081 Leituras, Votos 259) | |
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