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Incêndios: Governo quer que se assumam culpas

E que não se passem responsabilidades «para o lado», caso algo corra mal

O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas exortou hoje os organismos envolvidos no combate aos incêndios a «não passarem culpas para o parceiro do lado» se algo correr mal este ano nesta área.

Rui Gonçalves fez este apelo na Lousã, na abertura de um seminário destinado aos governadores civis, denominado «Organização Operacional Incêndios Florestais 2005».

O secretário de Estado, que estava acompanhado do seu homólogo da Administração Interna, Ascenso Simões, pediu ainda aos governadores para encararem a coordenação distrital do combate aos fogos florestais como uma prioridade nas suas competências.

«O papel dos governadores é essencial», disse, frisando que cabe aos representantes do Governo a responsabilidade máxima na gestão dos meios existentes no distrito, designadamente ao nível da articulação dos Centros de Prevenção e Detecção (CPD, do Ministério da Agricultura) e dos Centros Distritais de Operações de Socorro (CDOS, do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil).

Para Rui Gonçalves, a estrutura operacional nacional do sector «vai tomar em conta os riscos conjunturais de 2005», potenciados pela seca.

Os governadores civis dos distritos, que o Governo quer ver este ano mais empenhados neste processo, terão um «papel chave» no combate aos fogos e mesmo nas operações de rescaldo, mobilizando meios e as próprias populações.

«Os governadores civis são elementos essenciais na defesa do território», disse, por seu turno, Ascenso Simões, frisando que o Governo aposta numa maior eficácia dos meios através de um «comando distrital».

Esta ideia de «voltar a um sistema integrado de comando» passa ainda, segundo o secretário de Estado da Administração Interna, pela criação hoje, na reunião semanal do Conselho de Ministros, de uma Autoridade Nacional para a prevenção e combate aos fogos que inicia funções já no dia 1 de Maio.

«Queremos reunir todas as vontades e serviços da administração central» com ligação, designadamente, às florestas, ao ambiente, saúde e segurança, disse Ascenso Simões.

No dia 15 de Maio, entram em acção 66 postos de vigia, cobrindo as áreas mais vulneráveis do território nacional em termos de incêndios.

O seminário, a decorrer no Hotel Meliá Palácio da Lousã termina sexta-feira, às 16:30, com a presença dos ministros da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e Pescas, Jaime Silva, e da Administração Interna, António Costa.

Autor: José Palha Publicado em: 28-04-2005 (1173 Leituras, Votos 273)
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