Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

Falta de água ameaça combate aos incêndios

Alerta: Bombeiros preocupados com a seca

O combate aos fogos pode ter de confrontar-se com a falta de água, alertam os bombeiros
A falta de água é uma fonte de preocupações para os responsáveis do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

As florestas estão secas e a água não abunda devido à falta de chuva registada nos últimos meses, aumentando, de forma considerável, o risco de fogos florestais.

Nos primeiros dois meses deste ano houve o dobro dos registados no mesmo período de 2004 (mil contra 494).

O secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, Paulo Pereira Coelho, garantiu ontem que “a alteração das condições climatéricas pode revelar-se muito negativa para Portugal”. Uma opinião partilhada pelo director do Centro de Formação Especializada em Incêndios Florestais da Lousã, João Lima Cascada: “A falta de água condiciona bastante o trabalho dos bombeiros, porque há mais mato seco para arder e porque não a há para apagar os fogos”.

Foi na presença de um conjunto de bombeiros especializados, que constituirão a primeira força de combate a fogos e estarão disponíveis todo o ano, que o secretário de Estado falou de “aquilo que, antigamente, se designava de época de incêndios, agora, podemos chamar de época crítica, porque com as alterações climáticas já há incêndios todo o ano”. João Lima Cascada referiu que “os bombeiros têm de estar sempre alerta e disponíveis para acorrer aos incêndios”, sublinhando que “quando os Invernos são secos, o dispositivo deve ser reforçado”.

O plano de prevenção e combate aos fogos florestais, traçado pelo Governo para 2005 e “pronto desde Novembro do ano passado”, foi, segundo Paulo Pereira Coelho, prejudicado pelas “vicissitudes políticas”.

\"ESTE PAÍS ESTÁ DIFÍCIL\"

Na visita ao Centro de Formação Especializada em Incêndios Florestais, na Lousã, onde presenciou o treino das Brigadas Helitransportadas para combate a incêndios florestais, o secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna disse que o Governo vai organizar na terça-feira um ‘briefing’ para anunciar as medidas que estão em curso e as que vão ser tomadas para enfrentar os incêndios nos próximos meses.

Entretanto, Paulo Pereira Coelho considerou “não ter insultado ninguém” quando pediu uma auditoria à Escola Nacional de Bombeiros, afirmando-se “tranquilo” quanto à anunciada queixa contra si por difamação. “Pedir uma auditoria é crime? Bom, olhe, é o que digo: este País está difícil”, acrescentou, antes de afirmar que “o pedido não se tratou de qualquer retaliação ou vingança”.
Autor: José Palha Publicado em: 09-03-2005 (1369 Leituras, Votos 304)
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