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Bombeiros com seguros mais caros |
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Preocupante - Acidentes com veículos prioritários crescem
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Para conduzir uma ambulância basta ao bombeiro ter carta. A existência de um elevado número de acidentes com veículos prioritários, principalmente ambulâncias dos corpos de bombeiros (embora em menor número também se constatem acidentes com viaturas de combate ao fogo), está a criar sérios problemas e um relacionamento difícil entre as associações tutelares dos corpos de bombeiros e as seguradoras. De acordo com uma fonte contactada pelo CM “já há seguradoras que se recusam mesmo em fazer seguros àquele tipo de viaturas e a tendência é para que este problema se venha a agravar nos tempos mais próximos”.
“Algumas seguradoras, face ao elevado número de sinistros cuja responsabilidade são obrigadas a assumir, aumentam significativamente, logo no ano seguinte, os prémios dos seguros, restringindo ainda os riscos cobertos”, disse-nos a fonte.
Confrontado com esta situação, Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, confirmou que “a grande sinistralidade com veículos de bombeiros, nomeadamente as ambulâncias, tem suscitado reservas às seguradoras em renovar ou aceitar novos seguros das associações de bombeiros”.
A inexistência de formação específica dos bombeiros na condução daquele tipo de veículos, com maior incidência de ambulâncias, “poderá estar na origem da grande sinistralidade registada no sector”, explicou Duarte Caldeira.
O presidente da Liga, que é também responsável pela Escola Nacional de Bombeiros, salientou que este estabelecimento de ensino tem pronto um estudo – que será submetido ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil e à Direcção-Geral de Viação, entidades com responsabilidades tutelares no sector – que aponta para a criação de cursos de condução prioritária. Contudo, segundo referiu Duarte Caldeira, “os cursos só avançarão com a anuência daquelas entidades”.
Actualmente, para se conduzirem ambulâncias e veículos prioritários, basta uma autorização do comandante do corpo de bombeiros e que o motorista registe na sua carta de condução essa situação. Mesmo sem formação.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 09-03-2005 (1435 Leituras, Votos 267) |
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