Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

Comando único nos fogos

Transita para o próximo governo a questão da aquisição dos meios aéreos de combate a incêndios
Um comando único para o combate aos incêndios florestais é a última proposta que o Governo em exercício fez, antes de abandonar funções.
Em conferência de imprensa, ontem no Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, o secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, Paulo Coelho, apresentou o Plano Nacional de Combate a Incêndios Florestais para este ano.
Será implementada a Focon- Força Operacional Conjunta, que visa ter meios em permanência para combater os fogos.

Paulo Coelho, apesar de afirmar que não se exime às suas responsabilidades, acusou a crise política existente em Portugal desde Dezembro de ser a culpada da não implementação de algumas medidas, nomeadamente na aquisição de meios aéreos de combate aos incêndios florestais.

Os responsáveis da Protecção Civil salientaram que o nosso país tem meios humanos e materiais suficientes, residindo o seu principal problema na optimização da utilização desses meios.

“Portugal tem que evoluir muito em termos de comando e dos grupos de intervenção”, reconheceu o governante, que salientou ainda a necessidade do desempenho das autarquias, quer na implementação dos Centros Municipais de Operações de Emergência de Protecção Civil, quer no apoio logístico às operações de combate aos incêndios florestais.

FALTA PACTO DE REGIME

Os incêndios florestais, dadas as suas consequências sociais, já deviam ter sido objecto de um pacto de regime para a estratégia do seu combate. Uma opinião partilhada pelos responsáveis dos bombeiros, nomeadamente Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.

“Este plano já foi apresentado publicamente. Esta é a 4.ª vez. Não acreditamos no que mais uma vez é divulgado e ficamos a aguardar a tomada de posse do novo ministro e saber o que vai ser feito efectivamente, para se enfrentar o grave problema dos incêndios florestais”, comentou.

“Os bombeiros não sabem quem apresentou o plano e qual a sua sustentabilidade”, foi a opinião de Fernando Curto da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais.

PRÓXIMO GOVERNO DECIDE MEIOS AÉREOS

Transita para o próximo governo a questão da aquisição dos meios aéreos de combate a incêndios. Para colmatar a necessidade de Portugal ter meios aéreos (no passado a solução tem sido pedir ajuda a outros países), o governo ainda em exercício optou por um concurso internacional de aluguer de aeronaves anfíbias ligeiras e pesadas, além do concurso para os helicópteros-bombardeiros, em vez da sua aquisição.

“O próximo governo ainda vai a tempo de decidir sobre a opção a tomar”, disse o ainda secretário de Estado Paulo Coelho. O governante disse ainda esperar um ano difícil em termos de fogos. “Infelizmente estamos confrontados com a perspectiva de um ano muito difícil ao nível climatérico”, salientou
Autor: José Palha Publicado em: 09-03-2005 (1298 Leituras, Votos 286)
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