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Milhares de pessoas nos funerais dos 4 bombeiros |
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Milhares de pessoas, entre os quais bombeiros de corporações de todo o país, participaram hoje nos funerais dos quatro sapadores de Coimbra que morreram segunda-feira num incêndio em Mortágua |
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Bombeiros de Norte a Sul do país participaram nas exéquias, que se realizaram hoje nas igrejas de Almalaguês (Coimbra) e de Semide (Miranda do Corvo), localidades de onde os quatro sapadores eram naturais.
Em Almalaguês, bombeiros e populares encheram a igreja e o largo e a rua frontal ao templo, enquanto decorria a missa pelos três bombeiros oriundos desta freguesia.
O secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, Paulo Pereira Coelho, e o secretário de Estado das Florestas, Luís Pinheiro, participaram nas cerimónias fúnebres.
Estiveram também presentes o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, o presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Manuel Ribeiro, e vários deputados eleitos pelo círculo.
Abordado por alguns jornalistas, Paulo Pereira Coelho escusou- se a prestar declarações.
Questionado sobre uma notícia do Jornal de Notícias que avança a possibilidade de ter havido falha humana na morte dos bombeiros, o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, referiu- se à investigação em curso para apurar as causas do acidente.
\"Os inquéritos têm de ter consequências, para aprendermos com eles, não podem ser um instrumento de retórica burocrática, que tranquiliza as consciências\", concluiu.
Também presente nas honras fúnebres, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), Fernando Curto, apelou à tutela para olhar para os \"soldados da pazÈ como \"técnicos que defendem as populações\", apoiando também as respectivas famílias.
\"Há alguma hipocrisia no ar. Os bombeiros portugueses, profissionais ou não, estão desapoiados\", afirmou aos jornalistas, ao frisar que existem questões, nomeadamente relacionadas com as carreiras, que estão por resolver há mais de vinte anos.
Fernando Curto considerou \"uma precipitação\" concluir, num dia e meio, que houve falha humana no acidente, dado que \"não houve tempo útil para fazer essa avaliação\".
\"Hoje não dizemos nada, em tempo terá de ser apurado. Somos bombeiros profissionais, mas não somos super-homens, somos falíveis. É preciso avaliar também quem está no terreno e quem faz a coordenação\", afirmou o presidente da ANBP.
O presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Coimbra, Jaime Soares, e o investigador em incêndios florestais Xavier Viegas foram outras figuras presentes nos funerais, a par com vereadores da Câmara Municipal de Coimbra.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 02-03-2005 (1283 Leituras, Votos 296) |
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