Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

Falta articulação na Protecção Civil

Fragilidades ;Entidades dispersas sem comando único; Bombeiros com falhas na formação profissional
Falta de coordenação entre entidades, ausência de hierarquias claras, convulsões políticas e luta de protagonismo entre diferentes agentes. Estas são, de acordo com fontes do sector, as principais doenças que minam o sistema de Protecção Civil.

Uma imagem simples traduz o que deverá ser, em teoria, a Protecção Civil é como o Espírito Santo - nunca se vê, mas está lá. Ora, segundo um ex-dirigente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, em Portugal acontece o inverso: \"As pessoas tendem a querer ter protagonismo e aparecer, ocupando espaço dos agentes que, esses sim, têm missões práticas no terreno\".

Luta agravada pelo facto de os diferentes protagonistas que intervêm no socorro estarem dispersos por pelo menos três ministérios (Administração Interna, Defesa e Saúde). Como cada um depende da respectiva tutela e não há um comando único, vários ex-dirigentes sustentam que o problema só se resolveria com a dependência directa do primeiro-ministro ou de outra estrutura forte, em termos de poder de decisão.

Manuel Veloso, operacional do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), alerta que a complexidade do sistema se agrava pelo facto de existirem, na prática, seis sistemas de socorro no país. A saber, o de Protecção Civil, o de Autoridade Marítima, o de Combate à Poluição Marítima, o de Planeamento Civil de Emergência e os de Busca e Salvamento Marítimo e Aéreo. Somem-se, no caso do SNBPC, sucessivas mudanças de direcção (cinco presidentes em cinco anos) e têm-se vários factores de instabilidade.

Do lado dos bombeiros, uma radiografia recentemente concluída a todas as corporações do país (com excepção de seis), que está nas mãos do SNBPC, conclui haver falta de formação de comandantes e um peso cada vez maior do número de assalariados das associações de voluntários.

Contudo, esse aumento do número de profissionais não é acompanhado da correspondente exigência ao nível da formação e clarificação de carreiras, já que não estão enquadradas legalmente. Falta, além disso, acertar estratégias entre administração central e municípios, assim como responsabilidades de financiamento.
Autor: José Palha Publicado em: 04-02-2005 (2059 Leituras, Votos 1006)
Imprimir    Enviar por e-mail    
Comente este artigo
Nome:  
e-mail:  
Comentário:  
   Desactivado temporariamente
 
 
 
 
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcabideche
Optimizado para resoluções de 800x600.
© 2000 - 2007 Todos os direitos reservados.