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Plano de combate a fogos custa 130 milhões de euros |
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\"relevante interesse nacional\" para justificar a apresentação do programa governamental Governo quer ter novo plano pronto já em Janeiro |
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Santana Lopes diz querer evitar a dependência face a outros países no combate aos fogos
O Governo decidiu integrar num comando único de coordenação a vigilância, prevenção e combate aos incêndios florestais.
É a principal novidade do pacote contra incêndios ontem apresentado pelo primeiro-ministro em S. Bento e que será aprovado no próximo Conselho de Ministros, em Janeiro.
A nova entidade ficará sediada no Ministério da Administração Interna (MAI) e integrará uma equipa multidisciplinar.
Mais de 130 milhões de euros é a verba total envolvida nas acções que o Executivo pretende implementar.
Santana Lopes, que esteve rodeado dos ministros Daniel Sanches (MAI), Nobre Guedes (Ambiente) e Gomes da Silva (adjunto) e dos secretários de Estado das Florestas, MAI e Administração Local, destacou o interesse que o Governo tem em \"não ficarmos dependentes de ano para ano da ajuda de outros países\". E justificou a oportunidade do plano dizendo que \"é de relevante interesse nacional e não pode ser postergado\".
O primeiro-ministro sublinhou que o presidente da República está igualmente empenhado na matéria.
A estrutura de comando único será ainda suportada por duas células, uma de apoio à decisão e outra de oficiais de ligação, que integrará a GNR e as Forças Armadas.
Até 15 de Março o Governo conta ter integradas todas as acções no âmbito da prevenção e combate a incêndios, mas o plano nacional de prevenção e protecção das florestas só estará concluído em Maio.
O Governo está também a preparar um plano operacional de prevenção e pré-supressão que incluirá campanhas de sensibilização, acções de informação, investimentos em silvicultura preventiva e condicionamento do acesso e circulação em áreas de reserva natural durante alguns períodos considerados mais críticos para incêndios.
O primeiro-ministro destacou a relevância do apoio das câmaras municipais para que o plano funcione.
O Governo pretende ainda criar um fundo de investimento florestal num modelo novo de capital inicial de dois milhões de euros e com a duração de 10 anos.
Aprovará ainda o plano integrado de desenvolvimento rural do Alentejo e Algarve com apoios às pequenas e médias empresas e criação de emprego.
À excepção dos helicópteros, que deverão ser alugados, os restantes equipamentos serão adquiridos como meios próprios, por concurso. Santana que assegurou que a medida irá a Conselho de Ministros.
Em detalhe
Vigilância
Onze novos postos de vigia (passam a ser de 248); Vigilância móvel através de um novo sistema de infravermelhos; aperfeiçoamento da rede de rádio; reforço da primeira intervenção com 220 equipas de sapadores florestais.
Voluntariado
Aumento de 179 para 278 equipas de brigadas autárquicas de voluntários de vigia das zonas de interface entre a agricultura e a floresta; voluntariado jovem com cerca de três mil jovens; vigilância complementar com recurso a 2500 guardas florestais auxiliares existentes nas zonas de caça.
Combate
Sete novos helicópteros bombardeiros ligeiros, Dois médios; Seis helicópteros bombardeiros pesados de 14 bombeiros cada; 10 aerotanques anfíbios; 29 grupos especiais de intervenção helitransportados de 153 bombeiros; 200 grupos de apoio de combate de 400 bombeiros.
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Autor: José Palha |
Publicado em: 30-12-2004 (1434 Leituras, Votos 334) |
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