Bombeiros Voluntários de Alcabideche




 

Pode haver 100 mil mortos

Estão já confirmados perto de 60 mil mortos vítimas do maremoto. Contudo, as equipas de socorro dizem que o número poderá chegar aos 100 mil. Várias organizações apelam ao aumento da ajuda internacional, financeira e de assistência no terreno.
O director da Protecção Civil italiana, Guido Bertolaso, estima que o balanço das vítimas dos maremotos na Ásia deverá aumentar nos próximos dias, podendo ser superior a 100 mil mortos.

A Protecção Civil italiana está encarregada de coordenar todas as operações de socorro da União Europeia na região.

O último balanço provisório disponível à hora de fecho desta edição apontava para cerca de 60 mil mortos e 30 mil desaparecidos.

As Nações Unidas vão pedir um montante recorde aos países doadores para ajudar as vítimas. O apelo deverá ultrapassar os 1,6 mil milhões de dólares, pedido na Primavera de 2003 para ajudar na reconstrução do Iraque após a ofensiva norte-americana.

Também a Federação Internacional da Cruz Vermelha pediu uma ajuda de 44 milhões de dólares (32 milhões de euros) para as vítimas do maremoto.
“Trata-se da mais importante catástrofe nas últimas décadas e ainda não constatámos toda a sua amplitude”, declarou Markku Niskala, secretário-geral da Federação em comunicado.

No momento em que as equipas de assistência ainda se dirigem “para o terreno” para assegurar os socorros, estima-se que a ajuda vinda da Europa, do Japão, da Austrália, dos Estados Unidos, atinja as dezenas de milhões de dólares.

A UNICEF já enviou 45 toneladas de ajuda humanitária para o Sri Lanka e apoio médico e materiais de abrigo para a Indonésia. A organização alerta que o Sri Lanka e a Indonésia são os países mais necessitados de ajuda humanitária, sendo a água potável a principal preocupação desta organização internacional.
“Centenas de milhar de pessoas que sobreviveram ao maremoto de domingo continuam a lutar pela sua sobrevivência. A nossa preocupação é responder às carências de água”. Para as crianças, os próximos dias são extremamente críticos”, sublinha Carol Bellamy, directora-executiva da UNICEF.

Uma ajuda importante, até porque os socorristas estão a alertar para uma tragédia potencialmente maior, a propagação de doenças em grande escala. A ameaça da febre tifóide, malária, cólera, disenteria e doenças propagadas pela água é particularmente aguda nas zonas mais afectadas do Sri Lanka, Índia e Indonésia.

A combinação de água ondulante, calor e temperatura húmida, e corpos em decomposição significa que muitos abastecimentos de água nestes países estão contaminados.

Os socorristas médicos têm agora que se preocupar, acima de tudo, em garantir que as pessoas afectadas pelas ondas gigantes têm acesso a água limpa, afirmou Gerald Martone, da Comissão Internacional de Salvamento, organização não-governamental (ONG) que fornece assistência a refugiados em todo o mundo.
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Sri Lanka
Ajuda parte hoje

O avião com ajuda humanitária portuguesa para o Sri Lanka fretado pelo Governo parte hoje, transportando tendas, «kits» de higiene, cobertores, esteiras, fatos descartáveis, medicamentos e uma equipa de apoio médico de duas ONG. O avião parte do aeroporto de Figo Maduro, segundo um comunicado do SNBPC.
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Portugueses
42 incontactáveis

O MNE anunciou ontem que 168 dos 210 cidadãos portugueses que estão na Ásia foram já contactados e “encontram-se bem”. Estão, então, incontactáveis 42 portugueses nos países do sul e sudeste asiático afectados pela tragédia. Em comunicado, o MNE adiantava que na Tailândia cinco cidadãos portugueses continuam desaparecidos e 10 hospitalizados. Um cidadão português que se encontrava nas Maldivas regressa hoje a Portugal, segundo o Palácio das Necessidades. Cinco portugueses continuavam ontem hospitalizados em Phuket.

Neste ponto da situação, o MNE referiu que ainda não foi encontrado o corpo da bebé que foi arrancada dos braços da mãe. Segundo o documento, cinco portugueses, em Banguecoque, já adquiriram documentos de viagem, emitidos pelos serviços de chancelaria, para regressarem.

Também no aeroporto de Banguecoque já está a funcionar um balcão de apoio e reencaminhamento para os serviços da Embaixada de Portugal.
Autor: José Palha Publicado em: 29-12-2004 (2029 Leituras, Votos 851)
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