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Plano Contra Incêndios FlorestaisPronto até Dezembro

Os planos de prevenção municipal contra os fogos terão de estar concluídos até final do ano, garantiu ontem ao Correio da Manhã o ministro da Agricultura, Pescas e Florestas. Entretanto, já há sapadores bombeiros afectos às câmaras municipais a patrulhar as florestas, adiantou Costa Neves.

Os planos de prevenção municipais permitirão, mais tarde, a coordenação e a elaboração de um plano nacional que “deverá estar, por sua vez, concluído entre Março e Abril de 2005”, explicou o ministro, sublinhando a importância que atribui às autarquias neste domínio.

No entanto, recorde-se que das 305 câmaras municipais existentes no País, apenas 83 tinham apresentando até Março deste ano – data limite para o fazerem – projectos de investimento de prevenção e protecção da floresta contra os incêndios, um número que representa tão-só 27 por cento dos municípios.

Tal como o CM revelou em Julho, a lista de autarquias com projectos de prevenção apresentados não inclui vários concelhos de zonas de alto risco de incêndio.

Os planos de prevenção são importantes “mas os proprietários também têm um papel a desempenhar”, sublinhou o ministro, concretizando que cerca de 85 por cento da floresta nacional está nas mãos de proprietários privados.

“Os baldios representam 12 por cento e apenas três por cento correspondem a mata nacional”, acrescentou, admitindo no entanto que o Estado nem sempre tem dado bons exemplos.

APOIOS AOS CRIADORES

Entretanto, os criadores algarvios atingidos pelos fogos já poderão receber as verbas destinadas à substituição, ou alimentação, dos animais, graças a um acordo celebrado ontem entre o Estado e as caixas de Crédito Agrícola. Uma verba de dois milhões de euros que se somam aos cerca de oito milhões disponibilizados pela União Europeia para reparação de cercas, maquinaria, etc.

Para acederem aos fundos, os criadores só precisam de fazer prova junto dos serviços agrícolas, recebendo em troca um papel com o qual recebem na Caixa de Crédito da sua região, explicou ontem o ministro da Agricultura.

Foi definido um prazo de 180 dias para a execução deste processo que, segundo o ministro Costa Neves, deverá ser fácil e rápido.



Nota: O Correio da Manhã, 07 de Outubro de 2004\"

Autor: José Palha Publicado em: 07-10-2004 (1233 Leituras, Votos 270)
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