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Resposta a catástrofes mais rápida em 2006

equipamentos dos mais potentes e modernos para intervenções de emergência e socorro em situações de desastre e grandes catástrofes
A partir de 2006, Portugal vai ter, sedeados em Coruche e na Covilhã, equipamentos dos mais potentes e modernos para intervenções de emergência e socorro em situações de desastre e grandes catástrofes. Daqui a dois anos, se se repetirem os incêndios florestais, já não será necessário ficar à espera que cheguem meios aéreos de outros países. Para fazer face às inundações que se repetem todos o anos na zona de Santarém também haverá respostas mais eficazes.

No aeródromo da Covilhã ficarão estacionados dois aviões anfíbios multimissões, reunindo cada um a capacidade de quatro Canadair no combate a incêndios florestais, além de cinco helicópteros pesados multifunções e dois planadores topo de gama para vigilância aérea, revelou ao DN o secretário executivo da Fundação de Ensino e Resposta a Desastres (FERD), Miguel Antunes, entidade privada que detém e gere estes meios a nível mundial.

A fundação, que já está registada e em breve será oficialmente constituída (ver texto em baixo), ficará incluída numa plataforma a nível mundial que integra entidades congéneres nos cinco continentes. O projecto defende a troca de informações e experiências e a partilha dos meios e equipamentos entre todas as fundações desta plataforma, no sentido de se complementarem umas às outras a nível internacional.

E porque os acidentes e catástrofes são cada vez mais violentos, não se pode, por exemplo, continuar a combater os incêndios florestais com os meios tradicionais. É preciso «atacá-los» com equipamentos muito mais potentes e pesados. Por isso mesmo, a FERD - tal como as suas congéneres - aposta em «tudo o que há de melhor e mais eficiente», diz o mesmo responsável.

Segundo explicou, porque todos estes equipamentos «são muito caros, é preciso rentabilizá-los e não os deixar sem funcionar». A título de exemplo, lembrou que «os grandes incêndios na América Latina ocorrem quando na Europa é Inverno, pelo que os meios de combate a fogos existentes nas fundações europeias podem ser mobilizados para operar lá. Assim, os equipamentos não ficam parados e estão sempre a trabalhar».

No campo de treino que, já em 2005, começa a ser construído numa área de cem mil metros quadrados no Biscainho, em Coruche, distrito de Santarém, haverá meios específicos de socorro, alguns vocacionados para situações de inundação - muito habituais naquela região -, como lanchas rápidas, uma máquina de encher sacos com areia para travar o avanço da água e superbombas de água.

Além disso, neste campo também haverá uma unidade táctica com lagartas - semelhante a um tanque de guerra - para combater incêndios florestais em zonas sem acessos. Tem uma pá à frente para abrir terreno e poder avançar, lançando água até 80 metros.

A frota inclui ainda seis veículos anfíbios multifunções com tracção 8X8, hovercrafts e barcos pneumáticos para 30 pessoas.

No mesmo campo será criado um centro de logística com equipamentos e bens para ajudas humanitárias e apoio a desastres, como cobertores, tendas, alimentos, água, sanitários, roupa e colchões.

No aeródromo da Covilhã, a pista vai ser ampliada cerca de 200 metros para fazer parte da «plataforma internacional de resposta aérea a emergências e desastres, com especial relevância para aviões e helicópteros pesados», disse Miguel Antunes, adiantando que esta «infra-estrutura é fundamental para trabalho de apoio e manutenção e para o treino de pilotos».

Autor: José Palha Publicado em: 25-08-2004 (478212 Leituras, Votos 25586)
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