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Portugal deve apostar na prevenção dos incêndios |
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Peritos norte-americanos em incêndios consideraram, depois de uma visita de três semanas a Portugal continental, que o país tem os meios e a capacidade humana certas para responder aos fogos florestais, devendo investir mais na prevenção. |
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A conclusão dos dois peritos dos Serviços Florestais norte-americanos foi divulgada num encontro com jornalistas realizado na embaixada dos EUA em Lisboa. Segundo os especialistas, a nível de meios humanos Portugal tem somente falta de grupos de trabalho, normalmente constituídos por 20 homens com preparação específica para abrir caminhos no perímetro dos incêndios, travando a progressão das chamas. Mark Beighley e Michael Quisenberry analisaram, em três semanas, num percurso de Sul para Norte de Portugal, a situação do país depois dos incêndios, passando por zonas com fogos activos, áreas ardidas, zonas ainda verdes e Centros Distritais de Coordenação e Socorro dos bombeiros.
Quanto à recuperação da área ardida em Portugal, Mark Beighley disse à Lusa que vai demorar muito tempo e é dispendiosa, considerando que \"existe vontade política\" para tal. Para que a recuperação das zonas florestais portuguesas seja possível, este especialista dá a máxima importância às questões da prevenção. Como exemplo cita a necessidade de mudança na vegetação, a criação de acessos em condições nas zonas florestais e a informação à população, visto que a maioria dos fogos é causada pela mão humana. Segundo explicou, com todos os incêndios que têm ocorrido, que considera \"muitos para um país tão pequeno\", \"a vegetação está a tornar-se inflamável\", tornando os fogos mais difíceis de combater. \"Nunca se terá tudo o que é preciso para combater um incêndio\", sublinhou Mark Beighley, alertando para a necessidade de se investir na prevenção. |
Autor: José Palha |
Publicado em: 16-08-2004 (1496 Leituras, Votos 358) |
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